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Amerika Amerika Amerika, de StêvzR$80.00[FRETE INCLUSO] “Amerika Amerika Amerika” é um poema-impresso que usa o mecanismo do anagrama para traçar a história de Maria, imigrante em chegada a uma nova terra de suposta fartura. Segundo Maria Clara Carneiro, que assina a quarta capa do livro, “O anagramático Stêvz bagunça as letras dessa Amerika – tanta coisa nesse nome. Do arame que barra, da arma apontada, da fortuna sonhada que veio curta, da eterna quimera”. As palavras desmembradas do texto de “Amerika Amerika Amerika” exigem a participação atenta de quem lê, em um procedimento que remete a obras históricas da poesia visual — como “Solida” (1956) de Wlademir Dias-Pino e “Sweethearts” (1967) de Emmett Williams — e que parte do slogan distópico “Ame a rica América e ria” para dar início ao jogo. Todos os versos do poema são construídos a partir das letras da palavra-título, e criam cenas imaginativas com o auxílio das duas cores da publicação cuidadosamente executada nas oficinas da Editora Impressões de Minas.
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Matéria sutil, de Rafael FaresR$60.00[FRETE INCLUSO] Escrito durante a pandemia e orbitado por uma poética da solitude em meio ao caos coletivo, a alegria e o desejo de vida não deixaram de ser evocados como sentimentos fundamentais à sobrevivência. Em “Matéria Sutil”, além de impressões constantes sobre a morte, o simples e ordinário foram condutores da poesia que acontecia dentro de um apartamento, na cidade de Belo Horizonte. Como o próprio autor define: “Um livro em preto e branco, íntimo, de quem observou a morte de frente nestes anos e reaprendeu o valor da vida”. Em “Matéria Sutil”, além de impressões constantes sobre a morte, o simples e ordinário foram condutores da poesia que acontecia dentro de um apartamento, na cidade de Belo Horizonte: “Reli e reescutei diversos livros e discos. Voltei pra mim como em um quadro preto e branco da memória. E ao ver o belo trabalho da Luiza Camisassa (ilustradora) com as linhas e as palavras, entendi que aquele seria um caminho estético para o livro. Juntamente com o trabalho de edição da Impressões de Minas, especialmente o olhar gráfico da Elza Silveira, fizemos esta edição que, entendo, caiu como uma luva para os poemas que foram compostos neste período pandêmico”. Para Thiago Thiago de Mello, que assina a orelha do livro: “Avesso aos consumismos banais da sociedade do espetáculo, o autor sabe que a verdadeira riqueza é a amizade: ela traz festa, nos dá abrigo e canção. Por isso, não rejeitar a vida ou simplesmente aceitá-la. Há que vivê-la, celebrá-la sem pudores, fora da perspectiva da lei e das promessas de um paraíso além”.
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Facão, de Raquel RavaniniR$60.00[FRETE INCLUSO] Como quem abre picadas pelo inconsciente, “Facão” desvenda paisagens internas e dá voz às perguntas surgidas nessas andanças, se aproximando e se afastando dos ruídos vindos de fora. Segundo a poeta e editora Lizandra, que assina o texto de quarta capa do livro, "Facão é ferramenta de cortar cabeças e desnecessariedades. Com a Raquel sempre foi assim: para fora, só o necessário. Para dentro, tudo isso que este seu primeiro livro de poemas traz. É dentro que ela habita (…), mas quem tem uma essência punk nesse dentro não fecha os olhos para o fora, e principalmente para o que está fora de ordem. Aqui, quem lê precisa atravessar a quarta parede e subir ao centro do palco para brincar também. Porque poesia é convite para, de dentro pra fora, levar-se menos a sério". O livro traz ilustrações de Jorge Arndt. Elas invocam cenas de introspecção, fazendo bailar com os poemas personagens em processo de mutação. A edição do texto e o projeto gráfico afiado, assinados por Elza Silveira são a fôrma desse “Facão”, forjado na materialidade do livro, na impressão do miolo em duas cores e no corte presente também na capa.
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Só quero saber do que pode dar certo: oitenta vozes vezes Torquato NetoR$98.80[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] O livro, organizado por Tarso de Melo e Thiago E, reúne 80 poetas de várias gerações, e de todas as regiões do país, num abraço de vozes, versos e imagens através do tempo. Além da homenagem-diálogo com a explosiva escrita de Torquato, o resultado desse encontro é uma mostra significativa da poesia brasileira atual. E tem mais: em meio a belas fotografias da vida de Torquato, o livro apresenta também uma seleção de textos sobre sua trajetória e legado, assinados por grandes poetas que foram seus parceiros de geração. Poesias e textos de Adelaide Ivánova, Ademir Assunção, Adriane Garcia, Adriano Lobão Aragão, Ailton Krenak, Allan Jonnes, Ana Estaregui, Ana Martins Marques, André Vallias, Antônio Moura, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Bruna Mitrano, Carlos Orfeu, Chacal, Clarissa Macedo, Claudia Roquette-Pinto, Dalila Teles Veras, Daniel Arelli, Delmo Montenegro, Demetrios Galvão, Diogo Cardoso, Edimilson de Almeida Pereira, Eduardo Sterzi, Eliane Potiguara, Elio Ferreira, Estrela Leminski, Fabiano Calixto, Fernanda Marra, Fernanda Paz, Gabriel Archanjo, Ithalo, George Mendes, Izabela Leal, Joice Nunes, Julia Bac, Julia Rocha & Gustavo Galo, Júlia Studart, Juliana Krapp, Jussara Salazar, Laís Araruna de Aquino, Laís Romero, Laura Nogueira, Ledusha, Lenora de Barros, Leonardo Gandolfi, Leonardo Marona, Lucas Litrento, Luiza Cantanhêde, Makely Ka, Manoel Ricardo de Lima, Marcelino Freire, Marcelo Ariel, Márcia Xavier, Marília Garcia, Marleide Lins, Matheus Guménin Barreto, Maurício Pokemon, Michaela Schmaedel, Micheliny Verunschk, Mika Natália Agra, Nicolas Behr, Nina Rizzi, Paulo Ferraz, Paulo José Cunha, Paulo Leminski, Pedro Bomba, Prisca Agustoni, Renan Nuernberger, Renata Flávia, Reuben da Rocha, Reynaldo Damazio, Ricardo Aleixo, Rodrigo Lobo Damasceno, Sabrinna Alento Mourão, Salgado Maranhão, Sara Síntique, Sergia Alves, Sérgio Britto, Sergio Cohn, Sofia Mariutti, Tarso de Melo, Thiago E, Veronica Stigger, Waly Salomão. Projeto gráfico de Elza Silveira. * A pré-venda vai até o dia 20 de novembro. Os livros adquiridos serão enviados em até 15 dias após o final da pré-venda.
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Tudo o que me esperou na esquina, de Patrícia TanuriR$50.00[FRETE INCLUSO] “Tudo o que me esperou na esquina”, de Patrícia Tanuri, com ilustrações de Glória Celeste Rodrigues Tanuri, foi escrito durante a pandemia de COVID-19. O livro apresenta um mergulho nas memórias da autora, trazendo temas como os afetos e a infância, passado, presente e futuro, além de uma reflexão sobre o ser humano diante daquele contexto de vulnerabilidade da vida. Segundo Patrícia, “Tudo o que me esperou na esquina” evidencia uma mistura de fatos, cheiros, sabores e percepções, desvelando como as minhas lembranças me construíram, e me constituíram para fazer parte de um mundo em constante e contínua mudança”. Ana Elisa Ribeiro, que assina a orelha do livro, afirma: "São matéria da poesia de Patrícia: o tempo, incluindo a observação do envelhecimento, desde que também sem medo; a reflexão serena sobre a vida; o olhar para si e para os entes queridos, em especial a família e o cuidado; a memória, a infância e a maturidade. E é essa mulher madura que empresta seu tom aos textos que temos o prazer de ler aqui, isto é, uma mulher verdadeira, honesta consigo e com os outros, sem artifícios; uma mulher que se olha no espelho para classificar suas rugas, seus sorrisos, seus olhares e suas sombras, admitindo inseguranças e aprendizados. Mais de uma vez, esta voz poética se afirma: “o melhor de mim é ser mulher”. E assim como está aberta à vida, está disponível para o amor: “Todo amor é bússola”."
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Poema do fim do mundo, de Dante ChristófaroR$60.00[FRETE INCLUSO] "Poema do fim do mundo", de Dante Christófaro, apresenta um diálogo com outras obras de linguagens muito diferentes: faz uma conexão entre literatura, cinema e videogame, pulando do livro "Um Teste de Resistores" até o RPG "Disco Elysium", passando pelo filme "Marte Um". Em "Poema do fim do mundo" há uma relação com a produção de jogos digitais e ficção interativa, um dos interesses e áreas de atuação do autor. O projeto também inclui uma versão digital interativa do poema, que quebra a ordem cronológica apresentada no livro e cria uma nova experiência com a obra, permitindo milhares de formas de leitura diferentes. O texto foi elaborado dentro do espaço do Estratégias Narrativas, nas oficinas livres e no Ateliê de Escrita, assim como na pós-graduação em Escrita Criativa da PUC Minas. O processo de preparação foi uma experiência coletiva, mediada pela Laura Cohen, mas dividida por grupos diferentes de pessoas, entre todas as turmas que tiveram contato com o texto. "Foi um processo de edição que conversa bastante com um dos temas abordados no livro, a construção coletiva. A escrita não precisa ser solitária, e ganha muita força quando o processo é compartilhado com outras pessoas que escrevem junto". O projeto gráfico do livro é do Preto Matheus.
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Tornei de Luanda um kota, de Ricardo AleixoR$80.00[FRETE INCLUSO] “Tornei de Luanda um kota”, de Ricardo Aleixo, fecha um ciclo iniciado, em 2015, com o livro “Impossível como nunca ter tido um rosto”, ao qual se seguiram “Anti Boi", de 2017, “Extraquadro", de 2022, e “Diário da encruza”, de 2023. O que aproxima esses títulos é a tentativa de tematização do contexto social e político brasileiro, sempre de uma perspectiva que funde à metalinguagem e à experimentação técnico-formal a pesquisa de cadências e timbres que remetem às poéticas africanas e afro-diaspóricas. Nesse novo livro, Ricardo Aleixo volta a responder pela confecção da imageria (capa e ilustrações), tal como nos livros de 2015, 2022 e 23, que serve de base para a elaboração do projeto gráfico, outra vez a cargo do designer e amigo do poeta, Mário Vinícius. Para Ricardo Aleixo “Tornei de Luanda um kota é o meu jeito de, nestes tempos sombrios, acender alguma luz, provocar alguma reflexão, tentar trocar a desesperança pelo 'princípio-esperança' de que falava o filósofo alemão Ernst Bloch ou, para afirmar, cantando em bom brasileiro, como cantaram Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, que 'o sol há de brilhar mais uma vez'."
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Jogo que jogo, de Marcelo DolabelaR$50.00[FRETE INCLUSO] Jogo que jogo traz 145 poemas de Marcelo Dolabela, distribuídos em nove séries, cobrindo décadas de produção do poeta mineiro. O livro, organizado pelo professor Gustavo Cerqueira Guimarães, poeta e editor que também assina o texto de apresentação, tem orelha assinada por Ana Martins Marques e posfácio de Wilbert Salgueiro. Marcelo Gomes Dolabela nasceu em Lajinha, Minas Gerais, em 1957, e faleceu em Belo Horizonte, capital do estado, em 2020, aos 62 anos. Sua estreia na literatura se deu em 1978, com os livros Através das paredes e Arte suor souvenir, e logo passou a ser uma referência no cenário artístico da capital mineira.
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Recado para não chegar, de Luís NovaisR$55.00[FRETE INCLUSO] Segundo a poeta Nívea Sabino, que assina a orelha do livro, Recado para não chegar, de Luís Novais, instaura uma sucessão de silêncios. “Assim como um mensageiro que se distrai durante o percurso de entregar um recado, eu me pego levada pela palavra-corpo de Luís Novais e também me distraio. Guiada por cada página e ao que me soa ser um pedido, um pedido por pausas (...) O pai que por horas me visita, o filho, o homem, a tessitura da mulher. O poeta — este me inquieta com a palavra poética e a pouca pressa com a qual a sua poesia me visita. E fica! Prosa prazerosa. Habilidoso no trato de manejar as palavras, Luís Novais insere, com preciosa delicadeza, certa humanidade a cada faceta — imaginada ou que, quiçá se possa imaginar, do sujeito enquanto homem, enquanto negro (...) Desvela com a riqueza da simplicidade o que principia no corpo e ultrapassa os limites entre o nascer e o morrer. E firma no tempo um percurso ladrilhado e preenchido por singela poesia deixada em um recado para não chegar.”
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Estupidez, de Andityas MatosR$60.00[FRETE INCLUSO] Estupidez é o quarto e último livro de poesia da série Descantos d’escárnio e maldizer escritos por Andityas Matos entre 2019 e 2022. Nele, o autor se afasta das literatices e das escolinhas de Letras e se concentra na “coisidade” da palavra para nela encontrar um humor e um nonsense que não se confundem com a suposta “realidade”, mas a problematizam, tornando-a sujeita à dúvida, à crítica, ao riso corrosivo. Para além dessa camada crítico-política, trata-se de uma obra dedicada à memória em que o autor revisita Barbacena e suas loucuras, reencontra a pintura hierática e neobizantina de Paulo Matos, seu pai morto, confessa seu amor pelos gatos, relê em chave contemporânea a Odisseia de Homero, entre outras estupidezes menores, pessoais e inofensivas que contrastam com as estupidezes maiores e mortíferas dos poderes constituídos.
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Jamais escrevi isto, de André VillaniR$55.00[FRETE INCLUSO] Jamais escrevi isto, novo livro de poesias do autor mineiro André Villani, busca conectar passado e presente, intercalando poemas com vozes de figuras conhecidas e anônimas. De Van Gogh a Tupac, passando por Pizarnik e Pagu, até uma astuta sobrevivente do Titanic, o segundo livro de André Villani resgata aquilo que deixamos para trás como forma de imprimir novos significados e ruídos. Uma desilusão amorosa, homenagens equivocadas a um escritor argentino, guerrilhas latino-americanas e o mais belo recado até hoje gravado em uma secretária eletrônica são alguns dos temas explorados no livro. O projeto gráfico do livro, realizado pelo artista Preto Matheus, traz elementos comuns às correspondências escritas e enviadas à distância, como traços de selos e envelopes, e dialogam com os poemas-cartas, linguagem que materializa a escrita. A edição, publicada pela Impressões de Minas e feita em sua gráfica, ganhou impressão tipográfica, com tipos de madeira, no título.
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Poemas para ascender, de Tatiana BicalhoR$90.00[FRETE INCLUSO] “Poemas para ascender” é um livro-objeto, um livro-bloco com cola exposta de poesias e fotografias dentro de uma caixa, e junto com ele vem também um bloquinho de riscar poemas, um lápis-poema para escrever, um apontador, uma borracha para ser usada em caso de incêndio e uma caixinha de fósforos personalizada. Segundo Eliza Caetano, que assina o prefácio do livro, “O fósforo que não ascendeu é um jardim de delícias e lemos os poemas um pouco lacônicos com esse prazer de ascender um fósforo, ouvir o som e sentir nos dedos o risco na lateral da caixa, olhar a chama aumentar, o palito entortar, sentir o calor nos dedos e só soprar quando ficar insuportável. Esse é mesmo um momento de silêncio — não é possível olhar outra coisa acontecer ou terminar uma frase. • As imagens das caixas de fósforo, “instantes fotográficos”, vêm assim, parece que para guardar esse silêncio. Não à toa se intensificam à medida que a leitura avança. Uma vez que começamos, é difícil parar de acender os fósforos, seguimos riscando mais e mais rápido. O livro vai ardendo em nossas mãos.”
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Dá Pé, de Luísa BahiaR$52.00[FRETE INCLUSO] "Lembretes para corpos avoados, poemas gordos para vozes emocionadas, testes e outras jogatinas para as almas aritméticas", é assim que a artista Luísa Bahia apresenta o seu livro ao leitor. Em “Dá Pé”, a artista e educadora congonhense traz diferentes tipos de poemas que subvertem a forma lírica habitual, apresentando-se como múltipla escolha, listas, mini contos, desenhos e haikus. Iniciado no período da pandemia e finalizado em 2023 após uma itinerância de Luísa por diversas cidades do Brasil (Salvador-BA, Alter do Chão-PA-Amazônia, Milho Verde-MG, dentre outras) o livro foi escrito em movimento, entre leituras, andanças, meditações, cantos, conversas e rituais. A poética da autora é atravessada pela sua experiência com o teatro, a música, a dança e suas investigações sobre a espiritualidade, o feminismo, a educação e os trânsitos e transformações da própria vida. São referências para a criação, escritores como: Yoko Ono, Pablo Neruda, Adriana Falcão, Letrux, bell hooks e Antônio Simas. A publicação conta com diagramação de Filipe Lampejo e projeto gráfico deste, em parceria com Vinícius Souza. Déa Trancoso é quem assina a orelha do livro. A artista e pesquisadora compara Luísa a Michel Foucault dizendo que assim como o filósofo, a escritora cria "uma genealogia de imagens que colam na retina, e de conceitos que pulam a cerca e vão parar dentro do coração, querendo, a todo custo, atravessar nossa alma". (Fotos do livro: Alexandre Hugo)
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Uma varanda no meio do rio, de Thiago Thiago de MelloR$60.00[FRETE INCLUSO] Poesia que inventa uma memória, Uma varanda no meio do rio, primeiro livro de Thiago Thiago de Mello (Editora Impressões de Minas, 2023) apresenta textos, poemas e letras de música do autor reunidos a cartas, e-mails, bilhetes e fotos de seus antepassados. Fruto de um trabalho de pesquisa pessoal e amoroso, o livro – com fotos inéditas de Andreas Valentim e Valdir Cruz – traz esses fragmentos da memória e os intercala com a produção poética de Thiago. Cantador, professor e compositor carioca, Thiago Thiago de Mello foi criado na Amazônia e até hoje faz uma ponte entre o Rio de Janeiro e o rio Andirá, que banha Barreirinha, cidade no Amazonas onde nasceu o poeta Thiago de Mello (1926-2022), seu pai. A esses Thiagos se somam muitos outros: primos, irmãos, tio, avô, bisavô… Essa profusão de Thiagos atravessa o livro, que revela os elementos que compõem a espinha dorsal daquilo que canta o autor. Aliás, o limite entre o poema e a letra de música é explorado até que não mais percebamos suas diferenças e singularidades, como se o essencial não fosse aquilo que os separa mas, pelo contrário, o que os aproxima e os amalgama. Em um trabalho cuidadoso e delicado de edição e diagramação, o projeto gráfico ressalta a qualidade poética e histórica das fotos, protagonistas dessa longa história amazônica que Thiago percorre com sentimento e rigor, acompanhando os passos de sua família desde meados do século XIX até os dias de hoje. As incríveis fotografias em preto e branco, de Andreas Valentim e Valdir Cruz – feitas no Andirá em 1982 (por Andreas) e 2017/18 (por Valdir) – enfatizam o tom memorialista do livro, que faz uma espécie de viagem embarcada pelo passado do autor, o levando até a Casa da Poesia, último refúgio de seu pai. Hoje cuidador dessa casa, lugar de afeto e redenção, Thiago parece ser a própria canoa, fazendo uma travessia por todas as águas que levam até a varanda, de cujo parapeito podem ser observados os movimentos dos rios, dos animais e da gente ribeirinha. O universo da gente que vive na beira dos rios amazônicos permeia os textos e as fotos, que chegam a exalar o perfume doce das acapuranas e do cupuaçu. Com 15 anos de carreira fonográfica, 5 discos lançados (em projetos coletivos e solo), o cantador Thiago revela, em seu primeiro livro, os caminhos de suas criações, trazendo à público a intimidade de seus sentimentos e relações familiares. Expressando trégua com o já vivido, percebe-se saudade, mas não melancolia. Por isso, Uma varanda no meio do rio é contemporâneo, com destaque para as muitas parcerias musicais presentes no livro – letras feitas por Thiago para melodias de Nilson Chaves, Allan Carvalho, Ilessi, Diogo Sili, Renato Frazão, Pedro Ivo Frota, Marcelo Fedrá, Claudia Castelo Branco, Demarca, Pou. A memória é matéria, assim como nos dois álbuns amazônicos já lançados por Thiago: Amazonia underground (Blacksalt Records, 2017) e Amazônia Subterrânea (2020). É emocionante acompanhar a relação de Thiago com sua família. Herdeiro desses legados poéticos, o autor nos revela parte do mapa sentimental e afetivo percorrido por suas criações: cartas, bilhetes, dedicatórias de livros, fotografias, histórias, poemas. Escrito e organizado durante o período da pandemia, a finalização do livro se deu após a morte de seu pai, no início de 2022. Desse modo, marca-se um ciclo na vida e na produção poética de Thiago, como se o livro fosse o relato de uma viagem – viagem incessante entre os rios que banham sua vida e alimentam sua alma. Que essa canoa amazônica siga singrando as águas!
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Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo, de Pedro BombaR$55.00[PRÉ- VENDA] [FRETE INCLUSO] De título grande e tortuoso, o “Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo” de Pedro Bomba, ganha sua segunda edição com poemas, capa e projeto gráfico inéditos. Com orelha de Adriane Garcia e quarta capa de Tarso de Melo, o livro apresenta, nas palavras de Garcia, “uma poesia viva, inquieta e inquietante” da qual “nada deve ser perdido: no encadeamento dos versos e sentidos, a surpresa, o alumbramento, o susto se tornam parte da leitura. É uma poesia amorosa e, sobretudo, revolucionária.” A segunda edição de "Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo" possui projeto gráfico de Elza Silveira e faz parte da Coleção Ouvido Falante.
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origem-destino, de Alícia Duarte PennaR$55.00[FRETE INCLUSO] Divididos em 3 partes, os 63 poemas de origem-destino constituem uma espécie de antologia feita com cuidado pela própria autora. Note-se que no título (o mesmo do poema que fecha o livro, que se abre com o poema “Crio vésperas”), as palavras “origem” e “destino”, grafadas em letra minúscula, são aproximadas por um hífen. Trata-se não de uma determinação, tampouco de um claro começo e de um claro fim daquilo que se passa numa vida ou no período de uma vida em que um livro é gestado. Juntas, as duas palavras formam uma só, num embaralhamento do tempo: dele, tempo, vamos nos assenhorando a cada ato, que é tanto herança quanto projeto. Criamos vésperas. Se a chegada tão aguardada desse livro revela a duração do tempo próprio da poesia de quem o escreveu, é dentro dessa mesma duração que se dá nossa leitura, entre os poemas mais intimistas e aqueles em que cinematograficamente somos deslocados por cenas e cenários junto a personagens que, reais ou fictícios, passamos a conhecer. No belo poema “Gráfica”, por exemplo, somos chamados ao encontro entre trabalhadores – João, Cláudio, Moringa e Paulo, mas também a poeta – durante a fabricação de um livro. Afinal, a quem se destina tudo isso, se não a nós, leitores, contactados, tornados seus cúmplices? Quem estiver lendo este potente origem-destino logo perceberá que Alícia Duarte Penna parece querer mais do que conversar em voz baixa, como se em segredo, conosco: seus poemas nos são diretamente entregues. Mário Alex Rosa, num dos posfácios deste novo livro de Alícia, nota seu cuidado de aparar cada verso, tanto nos poemas mais narrativos quanto naqueles curtíssimos que o compõem. Teodoro Rennó, por sua vez, salienta que a narradora-poeta impõe-se ora muito próxima da fala, ora segundo versos sintaticamente elaborados. Entre seu tom quase confessional e seu desafiador distanciamento, que somente atrai, Alícia Duarte Penna traz o “seu” leitor para esse universo que só a grande poesia consegue criar. origem-destino foi organizado durante o período de maior isolamento durante a pandemia de COVID 19. Sua proposta original, com o que se pretendia aproximar poeta e leitores, conserva-se no produto final, cuidadosamente manufaturado pela Impressões de Minas, com projeto gráfico de Elza Silveira, inspirado em antigos cadernos e livros colecionados pela autora. origem-destino traz, ao seu final, três qrcodes pelos quais se pode acessar os áudios de cada um dos subconjuntos de poemas, na voz da autora.
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Flores em escombros, de Roger de AndradeR$50.00[30% DE DESCONTO ] [FRETE INCLUSO] Micheliny Verunschk, na orelha de Flores em escombros, afirma: "O que pode uma flor contra a ruína? Antes de responder a essa pergunta, é preciso ter em vista duas coisas: a primeira é que, embora das frestas de toda ruína nasçam plantas em profusão, matinhos com suas flores, avencas com seus brotos perscrutando o mundo, a flor é a antirruína por princípio, a flor é o princípio da restituição da vida; a segunda é que a ruína é o dejeto do humano, aquilo que é gerado e engendrado pela nossa atração pelo terrível. Isso posto, chegamos a esse Flores em escombros, livro de poesia de Roger de Andrade, poesia em diálogo de espanto para com esse mundo esfacelado que nos é legado pelas políticas de destruição da beleza e da alteridade, o mundo que é deixado de herança pelo Antropoceno e pela sua garra mais feroz, o Capitalismo Neoliberal. Dividido em quatro partes (a saber, “The Waste Land, Reloaded”, “Líricas de Desejos”, “Abecedário Amoroso” e “linguaviagens”), Flores em escombros tece com maestria uma cartografia das paisagens em dissolução sem, no entanto, ignorar as frestas pelas quais o novo viceja: o corpo e os afetos em seus territórios, as circunvoluções da língua (que é também corpo que se projeta para o mundo). A voz poética anuncia essa adesão à esperança apesar das brutalidades dos regimes totalitários, das pandemias, das fissuras: “Não faço poema ruguento/ quinem xexelento (...) chucho um cadinho de vida (se tiver) no encardido desgramado”, diz em “Elegia (Novo?) Milênio”. Nessas fricções e embates da linguagem, a poética de Roger de Andrade se põe a caminho estabelecendo diálogos com o sertão de Guimarães Rosa e as veredas de pedra de Drummond, ao mesmo tempo em que se abre para outras experimentações, outras formas de habitar mundo e temporalidades."
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Terra sob as unhas, de Júlia ElisaR$50.00[FRETE INCLUSO] Terra sob as unhas é o primeiro livro de Júlia Elisa. Nele, a autora expressa seu desejo de ter na poesia um dispositivo de criação de um idioma devido à sensação de insuficiência da linguagem. São poesias que valorizam a sutileza de um cotidiano que, ao mesmo tempo em que parece banal, é a máxima subjetivação possível para um corpo de uma mulher negra, sistematicamente inserido nos locais do servir, e comumente confundido num local da serviência. Para a escritora Conceição Evaristo, que assina o prefácio do livro, "o efeito convocador, sedutor, dos poemas de Júlia Elisa, se localiza na linguagem. Tamanha é a preocupação, o cuidado e a consciência da poeta com o material para construção de sua escrita poética. Em vários poemas, a língua, como idioma imposto, histórico da colonização, é criticada, assim como a língua, a palavra, realização humana, é reconhecida como impotente, incapaz de traduzir a vida e seus mistérios. A língua é uma demanda a instaurar demandas, pode-se ler assim o fazer poético de Júlia Elisa". Editado pela Impressões de Minas e pelo selo Ouvido Falante – responsável pela publicação de diversos poetas brasileiros oriundos da tradição da poesia falada – o livro apresenta 41 poemas divididos em três partes: "arenosa", "argilosa" e "terra preta". A classificação de acordo com os tipos de solo e terra é o eixo condutor que orientou a autora na leitura de sua escrita. Segundo Júlia Elisa, "haviam poesias que arranhavam, criavam algum atrito, então chamei elas de arenosa. No meio, sinto que há poesias argilosas, como o próprio nome diz, elas escorregam um bocado, são sinuosas, até macias, mas que podem confundir. Por último, chamei de terra preta, também conhecida como a mais orgânica. Ali, estão as poesias de tudo aquilo que há de mais vívido, fértil e, por assim dizer nesta obra, preto. Como o amor, o erótico, o desejo, a natureza e tudo mais que puder ser sentido num solo cheio de matéria orgânica, que só existe dada o caráter cíclico de tudo aquilo que é vivo e, por ser vivo, também morre, transmuta e se transforma."
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Princípios de cartografia, de Luis Alberto BrandãoR$58.00[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] No livro Princípios de cartografia e outros poemas, do escritor e professor da UFMG Luis Alberto Brandão, os espaços se abrem à palavra poética, que é também desenho, partitura de música e silêncio, dança de sentidos, imagem fotográfica e arquitetônica, roteiro de sensações. Composto de quarenta e nove poemas e dezenove fotografias, o livro se divide em quatro partes. A primeira, “Princípios de cartografia”, busca delimitar e ultrapassar territórios vitais. Os poemas são mapas móveis, os versos são séries que o olhar pode compor em múltiplos arranjos. Na segunda parte, “Clareiras do desejo”, os espaços do corpo, com seus ritmos e arritmias, são tocados e sonhados: nudez, memória, arrebatamento e timidez, promessas e vertigens, jeitos de querer e viver. Na terceira parte, “Brasiliana [improváveis legendas]”, fotos e poemas indagam ambivalências da cultura brasileira. Carnaval e ruína? Precariedade e alegria? Passados apagados? Qual miragem concretiza o espaço-Brasil? Na última seção, “Gostar de dizer”, o foco é o espaço da escrita. Verbal e transverbal, a grafia poética se revela um prumo inquieto, horizonte de encontros, campo de possíveis e impossíveis.
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Feita de osso, Lizandra MagonR$55.00[FRETE INCLUSO] Composto por cinco partes - Berço, Primeiros voos, Young adults, Balzaca e Maturidade - "Feita de osso", novo livro de poemas da escritora Lizandra Magon, nos permite transitar pelo percurso de vida de uma mulher que se reinventa e renasce de si inúmeras vezes. Em "Feita de osso" , iniciamos a leitura pelas recordações da infância marcada por expectativas familiares para, em seguida, adentrarmos os primeiros voos da poeta, guiados pelos desejos inscritos no corpo. Assim seguimos por todo livro, conhecendo as outras partes desse corpo-mulher, tornando complexa, uma poesia composta de sensualidade, tesão, cura, vontades, feridas, carne e osso.