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Ontem escutei e hoje contoR$78.70[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] "Os “causos” apresentados neste livro são verdadeiros tesouros, repletos de conhecimento sobre as plantas e as pessoas que detêm esse saber, entrelaçados com informações provenientes dos quatro cantos do mundo e desdobrando-se ao longo das estações do ano. A informação científica não é negligenciada, mas sim apresentada de maneira leve, em uma linguagem simples e direta. Desde o uso do açafrão para curar feridas, uma prática tradicional no Brasil, até sua comprovação milenar na Índia, cada história é meticulosamente planejada para entreter, divertir e, ao mesmo tempo, informar com precisão e clareza — algo raro nos dias atuais. Nomes científicos se entrelaçam com os populares, personagens e comunidades desfilam pelas páginas, evocando memórias das pessoas que encontrei ao longo das minhas próprias jornadas medicinais. Alguns relatos despertam lembranças pessoais, como o da alfavaca-cravo, cujas sementes foram utilizadas por minha querida tia para aliviar uma irritação nos olhos. Essa sabedoria ancestral, enraizada em minha infância, foi marcante e demandou anos de estudo para ser compreendida plenamente. No entanto, o que este livro oferece vai além das minhas experiências pessoais, abrangendo uma infinidade de vivências que valorizam tanto o conhecimento tradicional quanto o científico, harmonizando-os de forma magistral. Os relatos permitem não apenas entender os conhecedores de plantas, mas também as próprias plantas enquanto conhecedoras de seus ambientes. Ao longo das páginas, somos conduzidos a uma jornada que transcende os usos medicinais, cosméticos ou alimentícios das plantas, adentrando também no cuidado e na relação com os animais que compartilham o meio rural conosco. A prevenção do berne no gado e o combate ao carrapato em cães são apenas alguns dos temas tratados, sugerindo a necessidade de uma maior atenção científica a questões tão essenciais para a sustentabilidade e a qualidade de vida. Este livro não apenas nos instrui, mas nos encanta com sua simplicidade e profundidade, fazendo-nos refletir sobre a possibilidade de uma vida mais conectada com os ciclos naturais e os saberes ancestrais. A cada página virada, somos convidados a redescobrir a beleza e a complexidade do mundo ao nosso redor." (Texto de apresentação escrito por Ernane Ronie Martins)
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deslinha, de Angela QuintoR$60.00[FRETE INCLUSO] Os poemas das sete seções de deslinha oferecem aos leitores uma visão caleidoscópica dos trabalhos de Angela Quinto de 2017 a 2024. Há um convite, desde a capa do livro ao início de cada seção, para que a passagem seja feita por frestas, cortes nas paisagens, possibilitando rupturas/ aberturas para novos campos/ realidades, no rastro de R. Barthes que diz do trapacear a língua para se arrancar dela o poder colonizador. Neste livro, de orelha única, o poeta e tradutor Diogo Cardoso escreve: “caçadora de línguas, Angela nos conduz a enigmas escritos num português dentro de plurilínguas, palavras cerzidas num acelerador de partículas e que o rescaldo de sentidos se faz dentro de um cadinho mágico. (...) “Tudo o que nos foi dado saber” por sua língua sismográfica se petrifica em nossos sentidos, nos movimentando para a orun-clareira da mais realidade”.
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O teto é baixo e me espreme se não agacho, de Marcelo BFR$45.00[FRETE INCLUSO] Os textos de o teto é baixo e me espreme se não agacho foram escritos originalmente em diferentes períodos e revisitados no processo de formatação, de edição do livro. Segundo o autor, a ideia surgiu da vontade de fazer um livro em formato pequeno que coubesse no bolso e que fosse bom de tocar; um livro de sopros/sussurros poéticos que pudesse ser lido-visto-ouvido e tocado em qualquer lugar. o teto é baixo e me espreme se não agacho reforça os sentidos que a palavra conduz e, através da associação, ou do encontro de metáforas [e outras figuras de linguagem], enfatiza/revela a contradição de cada texto. Sobre o processo de criação, Marcelo BF afirma: “leio o livro como vejo um filme de curta duração. Nele se articulam 8 cenas de respiração poética, a maior parte alegorias ingênuas, ambivalentes, com uma abertura às vezes ambígua, às vezes propositalmente óbvia, que representa uma ideia de ‘créditos iniciais’ para o livro que motivou a sua criação. Reunidas como em um processo de edição de imagens, as cenas são alinhavadas por textos de passagem que estruturam o livro objeto poético. o teto é baixo e me espreme se não agacho é um livro para ser tocado, e pode ser levado no(a) bolso(a) e ser lido em vários lugares: na rua, em um banco de praça, no ônibus, no metrô, em uma mesa de bar, no avião, no parque, em casa, na chuva, no trem, na beira do mar... só e em ato de compartilhar.”
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Voltei para buscar meus olhos, de Sabrina DalbeloR$60.00[FRETE INCLUSO] Voltei para buscar meus olhos, livro de poemas de Sabrina Dalbelo, é um livro que nasceu há mais tempo do que foi escrito. A partir de suas observações sobre o mundo, coisas e pessoas, a autora traduz em seus poemas aquilo que viu e sentiu durante sua trajetória de vida, trazendo esse olhar para os temas presentes no livro. Os poemas de Voltei para buscar meus olhos foram escritos em um período de cinco a seis anos e foram muito trabalhados até que compusessem o organismo único e orgânico que é o livro. Os textos passaram pela leitura de Marcelino Freire, Lilian Sais, Sérgio Tavares e Pedro Gonzaga. A edição do livro acabou sendo marcada por mais um momento da vida da autora. O processo precisou ser interrompido por conta dos transtornos causados pela enchente que aconteceu em Porto Alegre no ano de 2024. “Escrever é dar um beijo no tempo e voltar. Um dia eu ouvi falar. É ir ali na flor do jardim da infância. Plantar o som das plantas. Das larvas. Lagartas nos quintais alheios. E nos recreios futuros. A poeta Sabrina Dalbelo vai fundo por dentro das antigas e novas palavras. Lidas nas linhas deste caderno. Vistas neste belo livro ponte. Horizonte para nossos olhos abertos.” (Texto de Marcelino Freire para a quarta capa do livro) “A poesia de Sabrina Dalbelo é um convite para voltarmos a amar o mundo no mundo, uma sustentação de que as experiências fundamentais (vividas, fabuladas, recuperadas) estão sempre ao alcance de nossos sentidos, se nos deixarmos levar por seus poemas.” (Texto de Pedro Gonzaga para a quarta capa do livro) “Com dicção única e carga expressiva surpreendente, Sabrina faz nascer nestas páginas uma poética que pulsa como um coração na mão, como o refugiado coração de quem procura casa. É um projeto ao mesmo tempo poderoso e delicado, e insisto nesse último adjetivo. São palavras ditas em voz baixa, típicas de quem se devota à minúcia e se dá conta de que é em torno deles que a vida acontece. Basta ter olhos para ver. Basta buscá-los.” (Trecho da orelha do livro, escrita por Mar Becker)
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Capitão Madureira: uma novelinha, de Felipe BernardoR$60.00[FRETE INCLUSO] Em Capitão Madureira: uma novelinha, Felipe Bernardo permite ao leitor bisbilhotar as desventuras de um capitão da reserva que volta à ativa depois que um governo militar ascende ao poder. Em seu primeiro livro, o autor retrata de forma satírica e irônica o ambiente aloprado de um clube militar. A simplicidade da trama esconde uma alegoria crítica sobre os últimos anos da política brasileira. Para a escritora Laura Cohen, Capitão Madureira “é um romance-retrato de um personagem que todos nós temos o desprazer de conhecer: um militar reformado que leva uma vida boa e odeia trabalhar, cheio de pensamentos de grandiloquência, ressentimento, medo e muita preguiça (exceto para o hobbie da natação).” Na orelha para o livro, Laura Cohen reconhece a importância do tom adotado pelo autor: “a ficção e o riso são remédios para o trauma que vivemos no passado e uma vacina contra o que há de vir.” Capitão Madureira: uma novelinha tem ilustrações de Frederico Guerra, Laura Lao e Lucas Emanuel e projeto gráfico de Elza Silveira.
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sem termo, de Ronald PolitoR$60.00[FRETE INCLUSO] "Ler os poemas de sem termo (Impressões de Minas, 2024), último livro de Ronald Polito a ser lançado no início deste primeiro semestre de 2025, leva-nos a refletir sobre a matéria e a forma de sua poesia, ou sobre quais são os elementos de força de um poeta que transita entre as artes poéticas e visuais, e que espreme as palavras, reduzindo-as ao seu mínimo. Isso está presente ao longo de sua produção poética, como em tipografia alfabeta, parceria com Mário Alex Rosa (Tipografia do Zé, 2023), em que o poema nos comunica sensorial e simultaneamente a dimensão gráfica e verbal da palavra, logo convertida em objeto. Há algo similar desta dimensão objetal em sem termo materializada pelas mãos do designer Mário Vinícius, que assina o projeto gráfico e faz a parceria com Ronald Polito – exímio poeta da visualidade. No livro muito bem editado, com excelente acabamento gráfico e visual, como têm sido as edições da impecável Impressões de Minas, a escolha da fonte Stencil Creek nos títulos das seções e do livro permitiu uma exploração lúdica das palavras, compondo espirais com segmentos desmembrados da fonte em desenhos que tanto evocam uma escrita pré-alfabética – dado que as letras passam a revelar mais sua força icônica que signíca, de acordo com o viés peirceano – quanto fazem uma referência à poesia visual espiralada, a exemplo de “a rosa doente”, de William Blake, traduzida por Augusto de Campos, ou do exemplo iterativo de “a rose is a rose is a rose...”, de Gertrude Stein. Começando pelo título “sem termo”, impresso parte em relevo, parte impressão lisa, as espirais começam a avançar pelas páginas, ora imprimindo-se parte de um segmento, ora parte de outra fração da fonte, desdobrando as palavras títulos. Isso cria um processo de visualidade que espicaça a curiosidade do leitor e faz pensar mais na camada visual que acústica dos poemas. Sua forma, sua densidade, e consequentemente em sua matéria. Assim, os poemas de sem termo são mínimos, geralmente de 4 a 6 versos, variando de um a cinco sílabas poéticas e, embora os lembrem pela concisão, não são haicais. Os títulos de poemas e livro se inscrevem em minúsculas, o que em si indica um tom menor, um certo rebaixamento da poesia, dado que dela não se anunciará uma saída: “escutar/ atento/ o teu/ não chamado” (p. 56). Mas essa linha negativa se escreve já em livros anteriores de Ronald Polito, como terminal (7Letras, 2006), no qual o poeta parece dialogar com o conceito benjaminiano de “experiência”, por exemplo, no poema “ascese”, em que se questiona a experiência, vista talvez como impossibilidade de acesso seguro ao conhecimento." (Texto de Rogério Barbosa da Silva)
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Gineceu, de Nathalia CamposR$60.00[FRETE INCLUSO] Nesta coletânea de oito contos, Nathalia Campos convida a uma viagem pelo introvertido universo feminino, em lares disfuncionais, desencontros amorosos, maternidades imperfeitas, ideais humanos desfeitos, mesclando o cômico, o surreal e o perturbador. Segundo Ana Elisa Ribeiro, que assina a orelha do livro, “Um dos oito contos deste conjunto dá título ao livro de Nathalia Campos. Não por acaso, “Gineceu” é um dos textos de maior tensão, inclusive sexual, entre as narrativas aqui reunidas. Embora o gênero literário coincida — contos —, as formas como eles são compostos variam, alternando longos parágrafos cheios de causticidade com diálogos surpreendentes, que fazem progredir narrativas cujos ambientes, geralmente urbanos, não se sobrepõem às microloucuras das pessoas que aí transitam. Um tema que pulsa neste Gineceu são os encontros, por menos óbvios que sejam. E neles estão pressupostos os desencontros, coincidências tardias ou indesejáveis, o mal-estar da indiferença, assim como nossas coleções de decepções. Uma sauna bastante frequentada, a emulação da fala de um gringo, relações familiares, relações amorosas, passados e presentes, um vestido com uma imensa flor, imagens que ficam na memória, entre outras, depois da experiência inquietante de conviver, via leitura, com estas personagens. Nathalia Campos, narradora e boa ilusionista, parece não ter dúvida de que nada pode ser entregue de mão beijada. A tensão e a dúvida talvez sejam seus maiores trunfos, assim como algumas viradas que podem nos deixar suspensos ou perplexos. Gineceu é de se ler com dedicação e sem a menor cautela.”
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O escutador, de Carlos MarceloR$80.00[FRETE INCLUSO] Nos anos 1950, o jovem escritor Ademir Lins, recém-chegado a Belo Horizonte, vai trabalhar numa editora com grandes nomes da literatura brasileira e desaparece após se envolver em um triângulo amoroso trágico. Ele deixa para trás um crime, um mistério e um relato em primeira pessoa: “O escutador”. Ademir havia sido contratado pela Editora Montanhesa para ocupar uma função já extinta no mercado editorial brasileiro. O escutador era o responsável por ouvir dos escritores de narrativas seriadas os próximos passos de tramas que mobilizavam milhões de leitores e se responsabilizar pela continuidade e conclusão dos livros, em caso de algum impedimento do autor. No trabalho, Ademir Lins tem a oportunidade de conhecer grandes nomes da literatura, que escreviam os livrinhos sob pseudônimos, e inicia a escrita de seu primeiro e único livro, posteriormente publicado pela Montanhesa. “Foi muito estimulante unir pesquisa e ficção para descobrir uma história que me permitiu mergulhar em uma época única do Brasil, e da literatura brasileira, no século 20. De certa forma, tentei escutar o que Ademir Lins tem a dizer aos leitores do nosso século”, acredita o jornalista e escritor Carlos Marcelo, responsável pela narrativa.
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Enquanto agonizo e pinto o asfalto de vermelho, de Jaflety PedroR$60.00[FRETE INCLUSO] "Dizer que os poemas deste livro carregam uma dicção muito própria é correr o risco de precipitar-se rumo a mais um genérico e vazio jargão da crítica. Apesar disso, o risco é válido, porque “dicção” não é uma palavra que soe gratuita à poesia que Jaflety Pedro apresenta ao leitor neste volume, se notarmos que até mesmo uma leitura despretensiosa mostra uma obsessão do poeta pelo ato e pelo modo de dizer – verbo que partilha com “dicção” raiz etimológica. Os poemas parecem ter sido escritos para serem lidos em voz alta, ainda que a sonoridade deles não se entregue por figuras sonoras facilmente identificáveis, como aliterações e assonâncias. Trata-se da cadência e da maneira direta de lançar o verso e a imagem poética, num esforço sutil de colocar, paulatinamente, as palavras não só nos ouvidos, mas também na boca do leitor. Alguns poemas têm títulos que repetem versos (procedimento, aliás, que ocorre com o nome do livro), outros parecem ter estribilho, no vai e vem insinuante das palavras. Com isso, para além da crítica social e da problematização existencial dos indivíduos, revestidas muitas vezes de metalinguagem e ironia, Jaflety Pedro imprime a sua poética um tom particularmente persuasivo, não porque queira convencer o leitor de algo, mas sim porque consegue, de forma habilidosa, nele permanecer." (Texto de César de Oliveira, Poeta e mestre em Estudos Literários)
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Planner 2025R$60.00[FRETE INCLUSO] Há vários anos, comprei uma camiseta de malha, amarela, com a estampa de dez óculos de escritores. Isso mesmo: dez homens, entre brasileiros e estrangeiros. Ou seja: passei anos pensando se quem pesquisou se lembrou que poderiam existir escritoras de óculos na paisagem. Embora eu adore minha camiseta e a use com alguma frequência (baixa, para não estragar rápido), essa ausência feminina me atazanou por muito tempo. E foi na oportunidade de propor o Planner 2025 da Impressões de Minas que resolvi fazer uma breve pesquisa para encontrar dez figuras da nossa literatura, todas consagradas, dos séculos XIX ao XXI, que usassem óculos. Porém, desta vez, quatro homens e seis mulheres. Ou melhor: andei interessada em seus óculos. Pesquisa feita, o Wallison Gontijo, artista visual, se incumbiu de ilustrar os óculos com base nas fotos reunidas. Pronto, está entregue. De quem serão estas armações? Óculos são interessantes porque, antes de itens do vestuário e até elemento de estilo, são uma prótese, um dispositivo que usamos para ver melhor, mais nítido, mais longe, mais perto ou o que exigir nossa deficiência. Ao contrário de outras próteses, ainda socialmente pouco aceitas, os óculos podem ser copiados, admirados e exibidos, faz tempo. É claro que cada escritor ou escritora pode ter usado várias armações diferentes ao longo da vida. É aí que entra a força do registro fotográfico. As fotos mais conhecidas e circulantes dessas personalidades, sacadas quando estavam de óculos, terminam por consagrar também o desenho, as lentes, o formato e um estilo – menos ou mais estável – do/a escritor/a fotografado/a. Para 2025, nosso Planner é um desafio iconográfico, uma brincadeira séria, uma reparação ao conjunto das escritoras de óculos e um voto para que possamos desenvolver nossas visões lá adiante, onde o futuro há de ser mais nitidamente melhor. (Texto de Ana Elisa Ribeiro) Concepção e pesquisa iconográfica e poética: Ana Elisa Ribeiro Textos biográficos: Carolina Vasconcelos Projeto Gráfico: Elza Silveira Diagramação: Impressões de Minas Ilustrações: Wallison Gontijo
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Amigos para sempre, de LeonardoR$60.00[ PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] “Amigos para sempre”, de Leonardo, é uma narrativa gráfica cheia de aventuras que apresenta a sagrada relação entre Jesus e sua cruz. A edição do livro foi feita em parceria com a editora Atrapalho. O cartunista Arnaldo Branco afirma, em seu texto de apresentação do livro: “Eu estou esperando este livro mais do que os cristãos esperam a segunda vinda de Jesus: o primeiro livro de cartuns do Leonardo. Quando eu era um moleque sonhando em ser cartunista (sonhar pequeno é mais barato) e me deparei com um desenho do Leo, fiquei com uma inveja fudida: quem é esse cara que mal estreou e já está no auge da forma? Imagina quando eu descobri que o filho da puta tinha dois anos a menos do que eu. Acho que ele nunca publicou um livro antes por pena de nós, seus contemporâneos. O Leo poderia ter estreado com sua tão adiada coletânea de cartuns desancando a polícia carioca, mas acho que ele prefere arrumar encrenca em escala global. É claro que esses desenhos poéticos sobre a bonita relação do filho de Deus com sua cruz vai atingir em cheio um punhado de almas sensíveis e despertar o ódio em uma caralhada de espíritos sem luz. Eles que se fodam. Bem-vindo, Leo, que idade (e que tempos) pra perder o cabaço, hein?”
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Todos nós sonhávamos em ser Carmen Miranda, de Kaio PhelipeR$60.00[FRETE INCLUSO] “Todos nós sonhávamos em ser Carmen Miranda", quarto livro do autor, “marca a segunda incursão de Kaio pelo universo de contos e, assim como em seu primeiro livro, temos uma cena dissidente de corpos que reivindicam novos modos de ser, sentir e estar no mundo. Além desse caráter eminentemente político da literatura desse jovem autor carioca, me chama a atenção, desde a leitura de seus primeiros livros, o modo como as posições de gênero e sexualidade reverberam também numa linguagem que marca na assinatura do autor sua importância na nova cena literária LGBTQIA+ no Brasil. Se por um lado, os dezesseis contos que compõem “Todos nós sonhávamos em ser Carmen Miranda” são escritos a partir de um lugar político muito intenso em que o enfrentamento das violências exercidas contra os corpos LGBTQIA+ pode ser pensado como uma das linhas de força dessa literatura, por outro lado, essa temática nunca é criada pelo autor sem uma reflexão do modo de dizer e defender a não-violência. Trata-se, portanto, de um livro de contos em que cada narrador possui uma dicção particular que revela, de algum modo, um lugar enunciativo que também é singular: são corpos que se enunciam a partir de recortes etários, sociais e filosóficos. Há uma multidão queer, para usar o termo de Paul B. Preciado, que grita por meio dessas narrativas curtas. E essa multiplicidade de modos de ser também é outro valor absoluto desse conjunto de contos.” (Texto de Luiz Lopes (@iluizlopes), doutor em Literatura Comparada pela UFMG e professor do POSLING/CEFET-MG).
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Amerika Amerika Amerika, de StêvzR$80.00[FRETE INCLUSO] “Amerika Amerika Amerika” é um poema-impresso que usa o mecanismo do anagrama para traçar a história de Maria, imigrante em chegada a uma nova terra de suposta fartura. Segundo Maria Clara Carneiro, que assina a quarta capa do livro, “O anagramático Stêvz bagunça as letras dessa Amerika – tanta coisa nesse nome. Do arame que barra, da arma apontada, da fortuna sonhada que veio curta, da eterna quimera”. As palavras desmembradas do texto de “Amerika Amerika Amerika” exigem a participação atenta de quem lê, em um procedimento que remete a obras históricas da poesia visual — como “Solida” (1956) de Wlademir Dias-Pino e “Sweethearts” (1967) de Emmett Williams — e que parte do slogan distópico “Ame a rica América e ria” para dar início ao jogo. Todos os versos do poema são construídos a partir das letras da palavra-título, e criam cenas imaginativas com o auxílio das duas cores da publicação cuidadosamente executada nas oficinas da Editora Impressões de Minas.
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Matéria sutil, de Rafael FaresR$60.00[FRETE INCLUSO] Escrito durante a pandemia e orbitado por uma poética da solitude em meio ao caos coletivo, a alegria e o desejo de vida não deixaram de ser evocados como sentimentos fundamentais à sobrevivência. Em “Matéria Sutil”, além de impressões constantes sobre a morte, o simples e ordinário foram condutores da poesia que acontecia dentro de um apartamento, na cidade de Belo Horizonte. Como o próprio autor define: “Um livro em preto e branco, íntimo, de quem observou a morte de frente nestes anos e reaprendeu o valor da vida”. Em “Matéria Sutil”, além de impressões constantes sobre a morte, o simples e ordinário foram condutores da poesia que acontecia dentro de um apartamento, na cidade de Belo Horizonte: “Reli e reescutei diversos livros e discos. Voltei pra mim como em um quadro preto e branco da memória. E ao ver o belo trabalho da Luiza Camisassa (ilustradora) com as linhas e as palavras, entendi que aquele seria um caminho estético para o livro. Juntamente com o trabalho de edição da Impressões de Minas, especialmente o olhar gráfico da Elza Silveira, fizemos esta edição que, entendo, caiu como uma luva para os poemas que foram compostos neste período pandêmico”. Para Thiago Thiago de Mello, que assina a orelha do livro: “Avesso aos consumismos banais da sociedade do espetáculo, o autor sabe que a verdadeira riqueza é a amizade: ela traz festa, nos dá abrigo e canção. Por isso, não rejeitar a vida ou simplesmente aceitá-la. Há que vivê-la, celebrá-la sem pudores, fora da perspectiva da lei e das promessas de um paraíso além”.
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Facão, de Raquel RavaniniR$60.00[FRETE INCLUSO] Como quem abre picadas pelo inconsciente, “Facão” desvenda paisagens internas e dá voz às perguntas surgidas nessas andanças, se aproximando e se afastando dos ruídos vindos de fora. Segundo a poeta e editora Lizandra, que assina o texto de quarta capa do livro, "Facão é ferramenta de cortar cabeças e desnecessariedades. Com a Raquel sempre foi assim: para fora, só o necessário. Para dentro, tudo isso que este seu primeiro livro de poemas traz. É dentro que ela habita (…), mas quem tem uma essência punk nesse dentro não fecha os olhos para o fora, e principalmente para o que está fora de ordem. Aqui, quem lê precisa atravessar a quarta parede e subir ao centro do palco para brincar também. Porque poesia é convite para, de dentro pra fora, levar-se menos a sério". O livro traz ilustrações de Jorge Arndt. Elas invocam cenas de introspecção, fazendo bailar com os poemas personagens em processo de mutação. A edição do texto e o projeto gráfico afiado, assinados por Elza Silveira são a fôrma desse “Facão”, forjado na materialidade do livro, na impressão do miolo em duas cores e no corte presente também na capa.
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Só quero saber do que pode dar certo: oitenta vozes vezes Torquato NetoR$98.80[FRETE INCLUSO] O livro, organizado por Tarso de Melo e Thiago E, reúne 80 poetas de várias gerações, e de todas as regiões do país, num abraço de vozes, versos e imagens através do tempo. Além da homenagem-diálogo com a explosiva escrita de Torquato, o resultado desse encontro é uma mostra significativa da poesia brasileira atual. E tem mais: em meio a belas fotografias da vida de Torquato, o livro apresenta também uma seleção de textos sobre sua trajetória e legado, assinados por grandes poetas que foram seus parceiros de geração. Poesias e textos de Adelaide Ivánova, Ademir Assunção, Adriane Garcia, Adriano Lobão Aragão, Ailton Krenak, Allan Jonnes, Ana Estaregui, Ana Martins Marques, André Vallias, Antônio Moura, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Bruna Mitrano, Carlos Orfeu, Chacal, Clarissa Macedo, Claudia Roquette-Pinto, Dalila Teles Veras, Daniel Arelli, Delmo Montenegro, Demetrios Galvão, Diogo Cardoso, Duda Machado, Edimilson de Almeida Pereira, Eduardo Sterzi, Eliane Potiguara, Elio Ferreira, Estrela Leminski, Fabiano Calixto, Fernanda Marra, Fernanda Paz, Fernanda Silva, Gabriel Archanjo, Ithalo, George Mendes, Izabela Leal, Joice Nunes, Julia Bac, Julia Rocha & Gustavo Galo, Júlia Studart, Juliana Krapp, Jussara Salazar, Laís Araruna de Aquino, Laís Romero, Laura Nogueira, Ledusha, Lenora de Barros, Leonardo Gandolfi, Leonardo Marona, Lucas Litrento, Luiza Cantanhêde, Makely Ka, Manoel Ricardo de Lima, Marcelino Freire, Marcelo Ariel, Márcia Xavier, Marília Garcia, Marleide Lins, Matheus Guménin Barreto, Maurício Pokemon, Michaela Schmaedel, Micheliny Verunschk, Mika Natália Agra, Nicolas Behr, Nina Rizzi, Paulo Ferraz, Paulo José Cunha, Paulo Leminski, Pedro Bomba, Prisca Agustoni, Renan Nuernberger, Renata Flávia, Reuben da Rocha, Reynaldo Damazio, Ricardo Aleixo, Rodrigo Lobo Damasceno, Sabrinna Alento Mourão, Salgado Maranhão, Sara Síntique, Sergia Alves, Sérgio Britto, Sergio Cohn, Sofia Mariutti, Tarso de Melo, Thiago E, Veronica Stigger, Waly Salomão. Projeto gráfico de Elza Silveira.
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Tudo o que me esperou na esquina, de Patrícia TanuriR$50.00[FRETE INCLUSO] “Tudo o que me esperou na esquina”, de Patrícia Tanuri, com ilustrações de Glória Celeste Rodrigues Tanuri, foi escrito durante a pandemia de COVID-19. O livro apresenta um mergulho nas memórias da autora, trazendo temas como os afetos e a infância, passado, presente e futuro, além de uma reflexão sobre o ser humano diante daquele contexto de vulnerabilidade da vida. Segundo Patrícia, “Tudo o que me esperou na esquina” evidencia uma mistura de fatos, cheiros, sabores e percepções, desvelando como as minhas lembranças me construíram, e me constituíram para fazer parte de um mundo em constante e contínua mudança”. Ana Elisa Ribeiro, que assina a orelha do livro, afirma: "São matéria da poesia de Patrícia: o tempo, incluindo a observação do envelhecimento, desde que também sem medo; a reflexão serena sobre a vida; o olhar para si e para os entes queridos, em especial a família e o cuidado; a memória, a infância e a maturidade. E é essa mulher madura que empresta seu tom aos textos que temos o prazer de ler aqui, isto é, uma mulher verdadeira, honesta consigo e com os outros, sem artifícios; uma mulher que se olha no espelho para classificar suas rugas, seus sorrisos, seus olhares e suas sombras, admitindo inseguranças e aprendizados. Mais de uma vez, esta voz poética se afirma: “o melhor de mim é ser mulher”. E assim como está aberta à vida, está disponível para o amor: “Todo amor é bússola”."
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Poema do fim do mundo, de Dante ChristófaroR$60.00[FRETE INCLUSO] "Poema do fim do mundo", de Dante Christófaro, apresenta um diálogo com outras obras de linguagens muito diferentes: faz uma conexão entre literatura, cinema e videogame, pulando do livro "Um Teste de Resistores" até o RPG "Disco Elysium", passando pelo filme "Marte Um". Em "Poema do fim do mundo" há uma relação com a produção de jogos digitais e ficção interativa, um dos interesses e áreas de atuação do autor. O projeto também inclui uma versão digital interativa do poema, que quebra a ordem cronológica apresentada no livro e cria uma nova experiência com a obra, permitindo milhares de formas de leitura diferentes. O texto foi elaborado dentro do espaço do Estratégias Narrativas, nas oficinas livres e no Ateliê de Escrita, assim como na pós-graduação em Escrita Criativa da PUC Minas. O processo de preparação foi uma experiência coletiva, mediada pela Laura Cohen, mas dividida por grupos diferentes de pessoas, entre todas as turmas que tiveram contato com o texto. "Foi um processo de edição que conversa bastante com um dos temas abordados no livro, a construção coletiva. A escrita não precisa ser solitária, e ganha muita força quando o processo é compartilhado com outras pessoas que escrevem junto". O projeto gráfico do livro é do Preto Matheus.
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Um filósofo, um rio, uma história quase sem história, de Luzia GontijoR$150.00Um filósofo, um rio, uma história quase sem história apresenta uma narrativa feita a partir das lembranças de uma narradora que passa temporadas de sua infância numa pequena cidade do interior de Minas Gerais. Já adulta, ela retorna a essa cidade e faz uma reflexão sobre o tempo e sua ação sobre as coisas e as pessoas, trazendo para a história o filósofo grego Heráclito e seu pensamento sobre a temporalidade e sobre tudo o que existe no universo. O projeto gráfico e as colagens de “Um filósofo, um rio, uma história quase sem história” são assinados por Rodolfo Rezende, que trouxe para a materialidade do livro o pensamento circular de Heráclito. O livro-objeto, em formato sanfona, tem 4 metros e meio de comprimento e duas capas, podendo ser lido em duas direções: de um lado, o texto; do outro, as imagens. Ao chegar no que se pensa ser o final do livro, podemos virá-lo e continuar a história, dessa vez sob a perspectiva das imagens.
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Tornei de Luanda um kota, de Ricardo AleixoR$80.00[FRETE INCLUSO] “Tornei de Luanda um kota”, de Ricardo Aleixo, fecha um ciclo iniciado, em 2015, com o livro “Impossível como nunca ter tido um rosto”, ao qual se seguiram “Anti Boi", de 2017, “Extraquadro", de 2022, e “Diário da encruza”, de 2023. O que aproxima esses títulos é a tentativa de tematização do contexto social e político brasileiro, sempre de uma perspectiva que funde à metalinguagem e à experimentação técnico-formal a pesquisa de cadências e timbres que remetem às poéticas africanas e afro-diaspóricas. Nesse novo livro, Ricardo Aleixo volta a responder pela confecção da imageria (capa e ilustrações), tal como nos livros de 2015, 2022 e 23, que serve de base para a elaboração do projeto gráfico, outra vez a cargo do designer e amigo do poeta, Mário Vinícius. Para Ricardo Aleixo “Tornei de Luanda um kota é o meu jeito de, nestes tempos sombrios, acender alguma luz, provocar alguma reflexão, tentar trocar a desesperança pelo 'princípio-esperança' de que falava o filósofo alemão Ernst Bloch ou, para afirmar, cantando em bom brasileiro, como cantaram Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, que 'o sol há de brilhar mais uma vez'."