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embreagencer, de jomakaR$50.00[FRETE INCLUSO] Em 2020, jomaka (@poetajomaka) lançou seu primeiro livro, “Generalidades ou Passarinho Loque Esse”, também o primeiro volume de uma trilogia. Agora, lança a continuidade, “embreagencer”, que apresenta Rudá, personagem que também aparece em “Generalidades”, que segue com suas correspondências. Novas cartas-personagens aparecem, vozes continuam existindo, ouvidos, delírios, listas, sussurros. O corpo aqui está nu e em movimento. Literatura e Loucura se encontram, se misturam, desenham, dançam e se libertam da narrativa e do verso. “Embreagencer” traz a capa de Sofia Coeli, o texto da orelha de Marcelino Freire, a epígrafe com poema inédito de Nívea Sabino, o prefácio de Marta Neves, o projeto gráfico e revisão de Elza Silveira e a ilustração de Madu Machado. O livro faz parte da Coleção Ouvido Falante, uma série de livros com a curadoria de Elza Silveira, Nívea Sabino e Pedro Bomba, que publica "poetas que no seu fazer artístico de tessitura da palavra, optam por partilhar seus trabalhos em diferentes espaços coletivos da Poesia Falada – Saraus, Slam's e Rodas de Poesia".
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Uma varanda no meio do rio, de Thiago Thiago de MelloR$60.00[FRETE INCLUSO] Poesia que inventa uma memória, Uma varanda no meio do rio, primeiro livro de Thiago Thiago de Mello (Editora Impressões de Minas, 2023) apresenta textos, poemas e letras de música do autor reunidos a cartas, e-mails, bilhetes e fotos de seus antepassados. Fruto de um trabalho de pesquisa pessoal e amoroso, o livro – com fotos inéditas de Andreas Valentim e Valdir Cruz – traz esses fragmentos da memória e os intercala com a produção poética de Thiago. Cantador, professor e compositor carioca, Thiago Thiago de Mello foi criado na Amazônia e até hoje faz uma ponte entre o Rio de Janeiro e o rio Andirá, que banha Barreirinha, cidade no Amazonas onde nasceu o poeta Thiago de Mello (1926-2022), seu pai. A esses Thiagos se somam muitos outros: primos, irmãos, tio, avô, bisavô… Essa profusão de Thiagos atravessa o livro, que revela os elementos que compõem a espinha dorsal daquilo que canta o autor. Aliás, o limite entre o poema e a letra de música é explorado até que não mais percebamos suas diferenças e singularidades, como se o essencial não fosse aquilo que os separa mas, pelo contrário, o que os aproxima e os amalgama. Em um trabalho cuidadoso e delicado de edição e diagramação, o projeto gráfico ressalta a qualidade poética e histórica das fotos, protagonistas dessa longa história amazônica que Thiago percorre com sentimento e rigor, acompanhando os passos de sua família desde meados do século XIX até os dias de hoje. As incríveis fotografias em preto e branco, de Andreas Valentim e Valdir Cruz – feitas no Andirá em 1982 (por Andreas) e 2017/18 (por Valdir) – enfatizam o tom memorialista do livro, que faz uma espécie de viagem embarcada pelo passado do autor, o levando até a Casa da Poesia, último refúgio de seu pai. Hoje cuidador dessa casa, lugar de afeto e redenção, Thiago parece ser a própria canoa, fazendo uma travessia por todas as águas que levam até a varanda, de cujo parapeito podem ser observados os movimentos dos rios, dos animais e da gente ribeirinha. O universo da gente que vive na beira dos rios amazônicos permeia os textos e as fotos, que chegam a exalar o perfume doce das acapuranas e do cupuaçu. Com 15 anos de carreira fonográfica, 5 discos lançados (em projetos coletivos e solo), o cantador Thiago revela, em seu primeiro livro, os caminhos de suas criações, trazendo à público a intimidade de seus sentimentos e relações familiares. Expressando trégua com o já vivido, percebe-se saudade, mas não melancolia. Por isso, Uma varanda no meio do rio é contemporâneo, com destaque para as muitas parcerias musicais presentes no livro – letras feitas por Thiago para melodias de Nilson Chaves, Allan Carvalho, Ilessi, Diogo Sili, Renato Frazão, Pedro Ivo Frota, Marcelo Fedrá, Claudia Castelo Branco, Demarca, Pou. A memória é matéria, assim como nos dois álbuns amazônicos já lançados por Thiago: Amazonia underground (Blacksalt Records, 2017) e Amazônia Subterrânea (2020). É emocionante acompanhar a relação de Thiago com sua família. Herdeiro desses legados poéticos, o autor nos revela parte do mapa sentimental e afetivo percorrido por suas criações: cartas, bilhetes, dedicatórias de livros, fotografias, histórias, poemas. Escrito e organizado durante o período da pandemia, a finalização do livro se deu após a morte de seu pai, no início de 2022. Desse modo, marca-se um ciclo na vida e na produção poética de Thiago, como se o livro fosse o relato de uma viagem – viagem incessante entre os rios que banham sua vida e alimentam sua alma. Que essa canoa amazônica siga singrando as águas!
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Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo, de Pedro BombaR$55.00[PRÉ- VENDA] [FRETE INCLUSO] De título grande e tortuoso, o “Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo” de Pedro Bomba, ganha sua segunda edição com poemas, capa e projeto gráfico inéditos. Com orelha de Adriane Garcia e quarta capa de Tarso de Melo, o livro apresenta, nas palavras de Garcia, “uma poesia viva, inquieta e inquietante” da qual “nada deve ser perdido: no encadeamento dos versos e sentidos, a surpresa, o alumbramento, o susto se tornam parte da leitura. É uma poesia amorosa e, sobretudo, revolucionária.” A segunda edição de "Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo" possui projeto gráfico de Elza Silveira e faz parte da Coleção Ouvido Falante.
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origem-destino, de Alícia Duarte PennaR$55.00[FRETE INCLUSO] Divididos em 3 partes, os 63 poemas de origem-destino constituem uma espécie de antologia feita com cuidado pela própria autora. Note-se que no título (o mesmo do poema que fecha o livro, que se abre com o poema “Crio vésperas”), as palavras “origem” e “destino”, grafadas em letra minúscula, são aproximadas por um hífen. Trata-se não de uma determinação, tampouco de um claro começo e de um claro fim daquilo que se passa numa vida ou no período de uma vida em que um livro é gestado. Juntas, as duas palavras formam uma só, num embaralhamento do tempo: dele, tempo, vamos nos assenhorando a cada ato, que é tanto herança quanto projeto. Criamos vésperas. Se a chegada tão aguardada desse livro revela a duração do tempo próprio da poesia de quem o escreveu, é dentro dessa mesma duração que se dá nossa leitura, entre os poemas mais intimistas e aqueles em que cinematograficamente somos deslocados por cenas e cenários junto a personagens que, reais ou fictícios, passamos a conhecer. No belo poema “Gráfica”, por exemplo, somos chamados ao encontro entre trabalhadores – João, Cláudio, Moringa e Paulo, mas também a poeta – durante a fabricação de um livro. Afinal, a quem se destina tudo isso, se não a nós, leitores, contactados, tornados seus cúmplices? Quem estiver lendo este potente origem-destino logo perceberá que Alícia Duarte Penna parece querer mais do que conversar em voz baixa, como se em segredo, conosco: seus poemas nos são diretamente entregues. Mário Alex Rosa, num dos posfácios deste novo livro de Alícia, nota seu cuidado de aparar cada verso, tanto nos poemas mais narrativos quanto naqueles curtíssimos que o compõem. Teodoro Rennó, por sua vez, salienta que a narradora-poeta impõe-se ora muito próxima da fala, ora segundo versos sintaticamente elaborados. Entre seu tom quase confessional e seu desafiador distanciamento, que somente atrai, Alícia Duarte Penna traz o “seu” leitor para esse universo que só a grande poesia consegue criar. origem-destino foi organizado durante o período de maior isolamento durante a pandemia de COVID 19. Sua proposta original, com o que se pretendia aproximar poeta e leitores, conserva-se no produto final, cuidadosamente manufaturado pela Impressões de Minas, com projeto gráfico de Elza Silveira, inspirado em antigos cadernos e livros colecionados pela autora. origem-destino traz, ao seu final, três qrcodes pelos quais se pode acessar os áudios de cada um dos subconjuntos de poemas, na voz da autora.
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Planner 2024R$55.00[FRETE INCLUSO] A ideia é que se semeie, e que talvez se possa plantar sentimentos como o amor, a generosidade e a solidariedade. Quando Brígida Mattos enviou as primeiras imagens deste planner, imediatamente me pus a contemplá-las e a me encantar com o que elas me provocavam. Se a ideia era escrever poemas junto dessas imagens, elas me mostraram que se bastam e são tão ou mais poéticas do que as palavras poderiam ser. Mas também há estranhamento. Arrancamentos, raízes que saem do corpo, mesclas e atravessamentos que, entre o corporal e o metafórico, nos provocam também sensações. Uma delas a de esforço, de que nem sempre será fácil, de que tudo também pode ser doloroso, custoso, mas que daí podem crescer folhas vigorosas e corações leves. Brígida e sua ilustração dispensam palavras, de maneira que apenas propus aí uns vocábulos inventados que tentam se trançar aos sentidos das imagens. Que 2024 seja um ano de semear e de colher bons frutos, de plantar e ver florir, claro. Ana Elisa Ribeiro
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Flores em escombros, de Roger de AndradeR$50.00[30% DE DESCONTO ] [FRETE INCLUSO] Micheliny Verunschk, na orelha de Flores em escombros, afirma: "O que pode uma flor contra a ruína? Antes de responder a essa pergunta, é preciso ter em vista duas coisas: a primeira é que, embora das frestas de toda ruína nasçam plantas em profusão, matinhos com suas flores, avencas com seus brotos perscrutando o mundo, a flor é a antirruína por princípio, a flor é o princípio da restituição da vida; a segunda é que a ruína é o dejeto do humano, aquilo que é gerado e engendrado pela nossa atração pelo terrível. Isso posto, chegamos a esse Flores em escombros, livro de poesia de Roger de Andrade, poesia em diálogo de espanto para com esse mundo esfacelado que nos é legado pelas políticas de destruição da beleza e da alteridade, o mundo que é deixado de herança pelo Antropoceno e pela sua garra mais feroz, o Capitalismo Neoliberal. Dividido em quatro partes (a saber, “The Waste Land, Reloaded”, “Líricas de Desejos”, “Abecedário Amoroso” e “linguaviagens”), Flores em escombros tece com maestria uma cartografia das paisagens em dissolução sem, no entanto, ignorar as frestas pelas quais o novo viceja: o corpo e os afetos em seus territórios, as circunvoluções da língua (que é também corpo que se projeta para o mundo). A voz poética anuncia essa adesão à esperança apesar das brutalidades dos regimes totalitários, das pandemias, das fissuras: “Não faço poema ruguento/ quinem xexelento (...) chucho um cadinho de vida (se tiver) no encardido desgramado”, diz em “Elegia (Novo?) Milênio”. Nessas fricções e embates da linguagem, a poética de Roger de Andrade se põe a caminho estabelecendo diálogos com o sertão de Guimarães Rosa e as veredas de pedra de Drummond, ao mesmo tempo em que se abre para outras experimentações, outras formas de habitar mundo e temporalidades."
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Toda menina é uma bruxa, de Catarina Maruaia e Carolina MerloR$58.00"Toda menina é uma bruxa" nasceu das parcerias de vida entre Catarina Maruaia e Carolina Merlo, duas artistas que há mais de uma década compartilham vivências sobre arte, maternidade, sexualidade, educação, religião e outras coisas mais. No livro, são abordadas questões como liberdade, respeito, união e transformação. "Toda menina é uma bruxa" é para todes, todas e todxs, independente da idade ou gênero. O livro vem com 4 prints, cada um com uma bruxinha ilustrada, e sua capa tem uma abertura com um corte especial, uma espécie de janelinha por onde a bruxinha que você escolher pode aparecer! Ao todo, temos 5 opções de bruxinhas para compor a capa do livro, ou seja, temos 5 capas diferentes! Além disso, as páginas finais são dedicadas à interação: nelas você pode escrever e desenhar bruxas e bruxarias!
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Cordel: o Papa Figo e outras histórias, de Lúcia Costa CarvalhoR$40.00Cordel: o Papa Figo e outras histórias reúne seis histórias escritas em versos, escritas pela escritora pernambucana Lúcia Costa Carvalho. Em "O Papa Figo" e "A lenda da Sedutora das Curvas", a autora apresenta histórias lendárias que fazem parte do imaginário de muitas cidades do nordeste brasileiro, verdadeiras lendas urbanas que aterrorizam e divertem. Em "A peleja do Caipora com o moleque Saci", as duas figuras já conhecidas em tantas histórias da literatura oral e escrita, e que são entidades de diversos povos indígenas, realizam uma disputa em forma de versos. "Foi ali no pau da cerca que eu me amarrei em ocê" conta a história inusitada de um romance com final feliz. As duas últimas histórias, "Meu Nordeste e o ciclo junino" e "Carta de uma nordestina saudosa para Luiz Gonzaga", são uma carinhosa homenagem à cultura nordestina, ao São João e ao grande cantor e compositor Luiz Gonzaga, o grandioso "Rei do Baião". O livro tem ilustrações do artista visual Derlon – que mescla, em seus trabalhos, a xilogravura e a arte urbana.
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Terra sob as unhas, de Júlia ElisaR$50.00[FRETE INCLUSO] Terra sob as unhas é o primeiro livro de Júlia Elisa. Nele, a autora expressa seu desejo de ter na poesia um dispositivo de criação de um idioma devido à sensação de insuficiência da linguagem. São poesias que valorizam a sutileza de um cotidiano que, ao mesmo tempo em que parece banal, é a máxima subjetivação possível para um corpo de uma mulher negra, sistematicamente inserido nos locais do servir, e comumente confundido num local da serviência. Para a escritora Conceição Evaristo, que assina o prefácio do livro, "o efeito convocador, sedutor, dos poemas de Júlia Elisa, se localiza na linguagem. Tamanha é a preocupação, o cuidado e a consciência da poeta com o material para construção de sua escrita poética. Em vários poemas, a língua, como idioma imposto, histórico da colonização, é criticada, assim como a língua, a palavra, realização humana, é reconhecida como impotente, incapaz de traduzir a vida e seus mistérios. A língua é uma demanda a instaurar demandas, pode-se ler assim o fazer poético de Júlia Elisa". Editado pela Impressões de Minas e pelo selo Ouvido Falante – responsável pela publicação de diversos poetas brasileiros oriundos da tradição da poesia falada – o livro apresenta 41 poemas divididos em três partes: "arenosa", "argilosa" e "terra preta". A classificação de acordo com os tipos de solo e terra é o eixo condutor que orientou a autora na leitura de sua escrita. Segundo Júlia Elisa, "haviam poesias que arranhavam, criavam algum atrito, então chamei elas de arenosa. No meio, sinto que há poesias argilosas, como o próprio nome diz, elas escorregam um bocado, são sinuosas, até macias, mas que podem confundir. Por último, chamei de terra preta, também conhecida como a mais orgânica. Ali, estão as poesias de tudo aquilo que há de mais vívido, fértil e, por assim dizer nesta obra, preto. Como o amor, o erótico, o desejo, a natureza e tudo mais que puder ser sentido num solo cheio de matéria orgânica, que só existe dada o caráter cíclico de tudo aquilo que é vivo e, por ser vivo, também morre, transmuta e se transforma."
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Tudo bem dormir sozinha, de Vitor ColaresR$55.90"Tudo bem dormir sozinha" aborda, de maneira lúdica e suave, o medo que muitas crianças apresentam na hora de dormir: o medo do escuro, o medo da noite, do monstro debaixo da cama… O livro mostra como é importante acolher as emoções da criança nesse momento, e apresenta algumas dicas para que essa fase passe com entendimento e leveza! Com ilustrações de Binho Barreto, a capa do livro ganhou um acabamento especial: um verniz fluorescente que brilha no escuro!
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Olho da RuaR$90.00Numa praça banhada por sol e sombra no Recife, quase cem pessoas se reúnem para uma celebração. Em um dia atípico e utópico, onde não há qualquer sorte de problemas, vibra a potência da coletividade e dos encontros. “Olho da rua” é um livro que conta a história de um filme a partir de sua música, uma abertura para o processo de criação sob a direção de Jonathas de Andrade e da trilha sonora, composta por Homero Basílio. Trazendo um songbook com as partituras e a história de seus instrumentos, o livro ecoa, em cena e som, as vozes de seus criadores, estabelecendo um diálogo com o Teatro do Oprimido de Augusto Boal, método que instigou as proposições teatrais da obra. Com fotografias e ilustrações inéditas, textos por Jonathas, Homero e Márcio Bastos, o projeto gráfico assinado por Priscila Gonzaga é um convite a adentrar os sons que permeiam o filme — uma rica textura que nasce da mistura de instrumentos de raízes indígenas e de todo o mundo, orquestrada pela ampla e diversa experiência musical de Homero. “Olho da rua — o livro da música do filme” será lançado em uma edição especial de apenas 300 exemplares, já disponíveis para pré-venda. Na caixa, impressa em serigrafia, há um volume com apresentação das cenas, anotações teatrais e história dos instrumentos; um songbook com as partituras ato a ato; e um poster criado para o livro, mostrando os instrumentos que dão vida à trilha sonora. O livro é destinado a apreciadores do cinema, das artes gráficas, do teatro, e também a músicos e compositores. (Fotos do livro: Emanuel da Costa)
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A experiência, a metrópole e os velhos, de Adriana Angélica FerreiraR$65.00Abrigado no seio de uma teoria narrativa, o conceito de experiência tem seus contornos (re)definidos na contemporaneidade. Com base no arcabouço teórico oferecido pela constelação do pensamento de Walter Benjamin, é possível analisar o que se constituiu enquanto processo de declínio da experiência no tempo histórico atual. O exercício da narração, resultado da partilha coletiva da memória e de palavras comuns, que caracterizou a experiência humana, já não se configura enquanto o principal elo de ligação entre as gerações, como acontecia no passado. Assim, a resposta à pergunta formulada por Benjamin, que indaga "Quem tentará, sequer, lidar com a juventude invocando sua experiência?", já não aponta mais para os velhos, figura antropológica do narrador, como uma das chaves de resposta. Nesse contexto, torna-se necessária a análise de outras vertentes desse conceito que ainda o coloque em cena na relação dos velhos com a metrópole moderna. Em "A experiência, a metrópole e os velhos", Adriana Angélica realiza uma reflexão sobre a metropolização da cidade de Belo Horizonte a partir de uma investigação memorialística dos relatos pessoais de pessoas velhas, revelando os traumas, ferimentos e cicatrizes que surgem em mais de meio século de urbanização. O livro traz também belas ilustrações de Wallison Gontijo, projeto gráfico de Mário Vinícius e preparação dos originais de Prussiana Fernandes.
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Macaco-Homem-Desregulado, de João Batista Santiago SobrinhoR$58.00[FRETE INCLUSO] Antes da experiência acadêmica, João Santiago se aventurava pela filosofia e a literatura. E o sabor das palavras novas o acompanha até hoje. No entanto, coisa e outra afectava-o: a frase de Heráclito de Éfeso – filósofo do devir e do fluir – não lhe saiu da cabeça desde o quando leu. Platão, no Cvátilo dirá: ''Heráclito diz algures que tudo está em mudança e nada permanece imóvel, e, ao comparar o que existe com a corrente de um rio, diz que não se pode penetrar duas vezes o mesmo rio". Essa frase marcou Santiago. O pensamento do fluxo se manteve e, em certo sentido, por agenciamentos incontáveis múltiplos o trouxe ao experimento Macaco-Homem-Desregulado, experimento de um rio sem-nascente, então, imanente. Santiago, ao encontrar os filósofos franceses do devir, encontrou uma definição revolucionária do que é pensar: Pensar é criar. Três palavras: um soco violento no estômago e tudo pareceu tão "claro" e urgente. Assim, a vida ganhou novo impulso, então alegria. Isso levou Santiago a aproximar-se inda mais do esquecimento como forma de saúde, bem como da necessidade da transvaloração de todos os valores. No livro Macaco-Homem-Desregulado, deparamo-nos com uma frase de Guimarães Rosa "o mundo não muda nunca, só de hora em hora piora". O livro m-h-d se apresenta como uma volta para a Terra, mas antes convoca um devir por uma terra, assumindo um construtivismo, uma exterioridade que faça rizoma com o mundo e afecte, talvez, o pensamento arbóreo da representação. Santiago compõe em um dos momentos mais reacionários do Brasil. Em que o servilismo voluntário e o desejo fúnebre é a arma "estúpida inválida" para os obituários do ódio que comove uma população brasileira. Assim, o livro é uma espécie corolário, uma inventura de um mundo possível, em que Santiago, um metamorfo além do bem e do mal conversa alegremente com Rosa, Deleuze e Guattari.
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Princípios de cartografia, de Luis Alberto BrandãoR$58.00[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] No livro Princípios de cartografia e outros poemas, do escritor e professor da UFMG Luis Alberto Brandão, os espaços se abrem à palavra poética, que é também desenho, partitura de música e silêncio, dança de sentidos, imagem fotográfica e arquitetônica, roteiro de sensações. Composto de quarenta e nove poemas e dezenove fotografias, o livro se divide em quatro partes. A primeira, “Princípios de cartografia”, busca delimitar e ultrapassar territórios vitais. Os poemas são mapas móveis, os versos são séries que o olhar pode compor em múltiplos arranjos. Na segunda parte, “Clareiras do desejo”, os espaços do corpo, com seus ritmos e arritmias, são tocados e sonhados: nudez, memória, arrebatamento e timidez, promessas e vertigens, jeitos de querer e viver. Na terceira parte, “Brasiliana [improváveis legendas]”, fotos e poemas indagam ambivalências da cultura brasileira. Carnaval e ruína? Precariedade e alegria? Passados apagados? Qual miragem concretiza o espaço-Brasil? Na última seção, “Gostar de dizer”, o foco é o espaço da escrita. Verbal e transverbal, a grafia poética se revela um prumo inquieto, horizonte de encontros, campo de possíveis e impossíveis.
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Feita de osso, Lizandra MagonR$55.00[FRETE INCLUSO] Composto por cinco partes - Berço, Primeiros voos, Young adults, Balzaca e Maturidade - "Feita de osso", novo livro de poemas da escritora Lizandra Magon, nos permite transitar pelo percurso de vida de uma mulher que se reinventa e renasce de si inúmeras vezes. Em "Feita de osso" , iniciamos a leitura pelas recordações da infância marcada por expectativas familiares para, em seguida, adentrarmos os primeiros voos da poeta, guiados pelos desejos inscritos no corpo. Assim seguimos por todo livro, conhecendo as outras partes desse corpo-mulher, tornando complexa, uma poesia composta de sensualidade, tesão, cura, vontades, feridas, carne e osso.
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Plantando poesia, Derlon (org.)R$70.00[FRETE INCLUSO] Há nove anos, o artista visual Derlon dedicou sua obra a uma residência artística no sertão do Ceará, em áreas de cotonicultura na comunidade de Riacho do Meio. Em homenagem às famílias locais, Derlon pintou as paredes da região e teve essas obras transformadas em lambes e espalhadas Brasil afora. Em 2022 o artista mergulhou em uma nova residência no Sertão do Pajeú (PE) e convidou um grupo de renomados poetas do território para o nascimento do livro Plantando poesia. Sob a curadoria de Derlon, os poetas Alexandre Morais, Elenilda Amaral, Islan, Isabelly Moreira e Zé Adalberto trazem na escrita imersiva, a história de vida dos agricultores e agricultoras do sertão nordestino.
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Abraço sua crina, de Antonia NayaneR$45.00[PRÉ-VENDA – o livro será enviado a partir de março de 2023] [FRETE INCLUSO] Antonia Nayane está sempre a cerzir – mesmo quando lhe falta a agulha, a linha, o pano. Sua poética viva e constante tece a trama do solo, da pele, do passado, do erotismo, das águas de uma Amazônia calada e intempestiva. Não será tarefa simples desvendar o que nos prepara Antonia, haja vista a posição que tomamos diante de seus escritos: abandonamos o lugar-comum reservado aos leitores românticos e nos tornamos detalhes à paisagem, pequenas substâncias às bordas do abismo, testemunhando a costura das palavras desse livro, uma a uma, como fundamentos decisivos de uma linguagem cicatriz, ponte-limite entre o rasgo e a restauração. (Texto da orelha escrito por Paloma Franca Amorim, escritora, dramaturga, professora da Escola Livre de Teatro de Santo André) Um livro fundo preserva em si o aquilo que quem o escreveu crê ser a escrita. Na reunião de poemas escritos por Antonia Nayane, adivinho três “aquilos”: os fantasmas, a poesia, o desejo. O corpo de vó, seus cheiros, texturas e sons; a palavra entortada pelo lirismo, seus labirintos, desvios e poços; o desejo febril na noite, seu latejar, derramar e eclodir organizam os poemas vibráteis em uma sequência fotográfica: são imagens calcificadas, ardendo ainda, que rasgam o olhar de escritora de Antonia. Desse olhar, nostálgico e vanguardista, erguem-se os sentidos indômitos de um livro que antes de mais nada erige um lugar: de morte, de paixão, de tempo. (Texto da orelha escrito por Felipe Cruz, professor e escritor, mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará) O prefácio de Abraço sua crina é da Roberta Tavares (quilombola, poeta, historiadora e pesquisadora das afro-amazonidades), com comentários de orelha da Paloma Franca Amorim e Felipe Cruz, preparação de originais de Pedro Bomba e revisão e projeto gráfico de Elza Silveira.
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A fantástica fábrica de machosR$55.00[FRETE INCLUSO] Capitão Brazil, Coronel Azeitona, Sargento Boca Rota e Tenente Garboso são alguns dos dez personagens que o artista Fernando Siqueira escreveu e ilustrou em seu mais novo livro intitulado “A fantástica fábrica de machos”. Nas histórias que mais lembram contos de fadas às avessas, cada personagem é uma caricatura: homens atormentados por delírios heroicos e viris capazes de cometer façanhas das mais grotescas e absurdas. Os personagens de “A fantástica fábrica de machos” são homens, em sua maioria, encobertos por patentes militares, investidos pelo poder que os encoberta e revestidos de uma erótica que os aniquila. Segundo Luiz Morando, pesquisador LGBTQIA+, os personagens do livro são “movidos à ironia, humor ácido e uma refinada camada de impotência, (é assim que) esses personagens desfilam suas vulnerabilidades e fraquezas”, afirma Luiz que assina a quarta a capa do livro. O humor e a sátira – elementos marcantes da obra – estão por toda parte, desde os textos que assumem uma linguagem simples com versos rimados até as ilustrações que apresentam homens másculos em aventuras falocêntricas. Em resumo sobre o que o leitor encontrará no livro, o autor sintetiza: “são histórias infames para rir e se enfurecer e depois rir outra vez.”, afirma Fernando Siqueira.
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A barca inacabada, de Júlia ArantesR$50.00[FRETE INCLUSO] "Como escrever o fracasso? Como não apenas falar dele, mas também colocá-lo na forma, na sintaxe, na costura do livro, na fibra do papel? Desejava escrever a ruína com letras de destroços, com verbos de escombros, com a tinta dos sargaços". Em "A barca inacabada", Júlia Arantes reúne 36 peças curtas que se alternam e se misturam com cenas breves, microensaios e esboços de parábolas para assumir uma literatura "que nunca para de acabar". Segundo Luís Alberto Brandão que assina a prefácio do livro, "há, em 'A barca inacabada', flagrantes narrativos em que o fascínio por ações e objetos rotineiros não esconde o cansaço que produzem em quem os vivencia. Quando o tom ensaístico predomina, uma voz em princípio neutra assevera generalizações que acabam desembocando na dúvida quanto à neutralidade e à validade de regras gerais". Com ilustrações da artista Júlia Panadés, "A barca inacabada" ergue o fracasso como uma espécie de "alento, de alísio, de vento que sopra as velas das ideias, das sensações, das palavras-e-silêncios que as transportam".
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Faca n’água [fragmentos de panela], de Laís VellosoR$55.00[FRETE INCLUSO] “Tudo começa pela abertura da boca; isso também é um corte. E uma cicatriz”. É através das relações entre o faminto, a comida e os gestos da comidaria, que a poeta, artista e pesquisadora Laís Velloso, traz em seu “Faca n’água [fragmentos de panela]” poemas que tratam sobre as quebras, a fome, as ausências, os esvaziamentos que acontecem diante do prato, da boca, do abraço. É esse o motivo da repetição, da interrupção, do fragmento, da pergunta sobre a impermanência das relações, do alimento, do comer e do cozinhar. Composto por 24 poemas e ilustrações da artista Rachel Leão, “faca n’água” reflete sobre todo o conjunto de elementos que rodeiam a comida: o ato de comer, o ato de mastigar, o corte, a saliva, os dentes, a fome, o estômago.