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escrevam-me, de Renato NegrãoR$68.00[FRETE INCLUSO] O novo livro de poemas de Renato Negrão, escrevam-me, surgiu durante o período pandêmico, como resultado de diversos experimentos de linguagem entre a palavra e a imagem, trabalho recorrente na obra do autor. Segundo Renato, “o livro foi escrito muito mais com uma tesoura do que com uma caneta”. Ao receber três revistas POP, de 1977, das mãos de um senhor que fazia parte do público de seu ateliê de performance realizado no Sesc Palladium, em 2016, Renato Negrão se interessou pela seção de cartas para a qual as pessoas escreviam em busca de trocar correspondências com outras pessoas do Brasil e do mundo. escrevam-me é um livro composto a partir de cartas enviadas a uma revista. A partir desse material, foi realizada uma curadoria, segundo o autor, no espírito de “distraídos venceremos”, montando, editando e reinventando o conteúdo — procedimentos que também estiveram presentes em seus livros anteriores, Vicente Viciado e Odisseia Vácuo. “No processo, fui percebendo como esses deslocamentos espaço-temporais e linguísticos friccionavam e permitiam refletir o tempo presente, em uma gama muito variada de aspectos, entre eles, a solidão, o desejo, a linguagem, a perspectiva de futuro. Gosto de pensar neste livro como um só poema, mais longo, com cinquenta estrofes — à semelhança do meu livro anterior, Odisseia Vácuo, também composto por um único poema. Mas fico igualmente feliz se as cinquenta estrofes forem lidas como poemas autônomos (biografemas), ainda que o último texto amplie e complete o sentido do livro como um todo. Também me agrada o fato de o livro não se enquadrar em um gênero específico.” Desfilam pelo livro uma infinidade de personagens, paisagens e objetos. Há uma curiosidade muito especial: ao folhear uma das revistas POP que serviram de base para o livro, RenatoNegrão teve a grata surpresa de reconhecer, no personagem da capa, ninguém menos que o poeta Aroldo Pereira — montes-clarense, fundador do Festival Psiu Poético — então com apenas dezesseis anos. As epígrafes de Gilberto Gil que abrem o livro funcionam, sobretudo, e mais decisivamente, como uma moldura para o conteúdo que vem a seguir. O livro traz, ainda, dois posfácios, escritos pela poeta Ana Martins Marques e pelo poeta, filósofo e professor da UERJ, Rafael Zaca. O texto de quarta capa é assinado pelo escritor português Valter Hugo Mãe.
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A Tasquinha do Cupim, de Manoella ValladaresR$65.00[FRETE INCLUSO] A Tasquinha do Cupim é a nova publicação da autora Manoella Valadares, finalista Jabuti 2025. Leia as palavras da poeta portuguesa Ana Sofia Elias sobre o título: "Como beber cocktails sem ter um choque anafilático? Como saber se podemos comer papas de aveia depois de ler uma notícia que compromete todas as canções românticas, mesmo aquelas que lhe são oferecidas por quem lhe preparou as papas no dia anterior? Pode a pêra rocha ser um manual de autoajuda? A Tasquinha do Cupim traz perfume Hollywoodesco para uma esquina mui portuguesinha para te esfregar na cara a história da carochinha: salubridade, potabilidade, p%rra nenhuma! O amor é uma desfiguração mas a boca será sempre a boca. E quer roer." Projeto gráfico: Elza Silveira
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de onde se avista o céu, de Julieta DobbinR$60.00[FRETE INCLUSO] De onde se avista o céu é um livro escrito à beira de um abismo. A história tem como protagonista uma mulher que corre de seu passado em direção ao nada e, estando frente a frente com ele, freia de súbito. Então, com o desconhecido que se mostra em um buraco sem fim, resgata suas memórias, entre o desejo de saltar e o medo do que pode vir, entre suas memórias que lhe pedem para voltar e o impulso de um corpo, que quer mergulhar em uma incerta escuridão. Este livro traz, a partir de uma escrita poética, reflexões sobre a memória e a morte. Foi escrito em um fluxo de pensamentos e sentimentos pela autora e se torna algo para além dela. Na criação do projeto gráfico de De onde se avista o céu, atentou-se para palavras que se destacavam da história e que reescrevem uma poesia. Criou-se, então, um segundo desenho de escrita, que descola do texto breves passagens, que passam a se mover e deslocar sentidos, promovendo uma leitura ritmada com a poesia que a encerra.
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O vento roubou meu chapéu, de Aline SilvaR$75.00[FRETE INCLUSO] Em 2019, Aline Silva começou a escrever o livro O vento roubou meu chapéu. Segundo a autora, foram alguns começos interrompidos. Em 2022, a partir da interlocução com Júlia Arantes, a escrita fluiu num movimento fértil e ritmado, quase constante, até meados de 2024, quando foi finalizado. O livro foi inspirado na história de vida do pai da autora, que migrou de Pernambuco para o Rio de Janeiro. Com uma narrativa que não obedece uma ordem cronológica, a autora também estabelece em seu texto um diálogo com sua filha de oito anos, ao mesmo tempo que resgata uma conexão ancestral com sua avó paterna. Júlia Arantes, que assina a orelha do livro, destaca que “com uma escrita poética e precisa, a autora costura um romance transgeracional, no qual o leitor se vê refletido, revisitando sua própria história. Mais do que sobre um homem, é sobre viver, morrer e nascer.” Nadja Rodrigues, no texto de apresentação, afirma que O vento roubou meu chapéu é "um romance de todos os Silvas, narrativa que se presta ao íntimo e se empresta à intimidade de cada leitor, de cada história de migração e de travessia da morte à vida." O livro, que tem projeto gráfico de Elza Silveira, apresenta, na capa e na sobrecapa, ilustração de Julia Panadés. A sobrecapa tem ainda, em seu verso, um desenho de árvore genealógica feito pela própria autora.
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Pontos perdidos, de Deborah R. SousaR$65.00[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] “Ponto partido” é o nome de uma técnica do ponto de cruz na qual são usados pontos em forma de X, prática sobretudo praticada por mulheres, que compõem a cultura popular brasileira. A partir dos múltiplos significados que o nome desse ponto nos permite tecer e de memórias de infância compostas por mãos femininas sempre bordando e criando, surge um romance escrito em fragmentos cujo conteúdo ficcional busca resgatar as memórias de uma neta após o falecimento de sua avó, mulher envolvida com os trabalhos manuais. Pontos perdidos, de Deborah R. Sousa, apresenta uma narrativa que parte da ausência para se construir. Maria Helena, a personagem principal, despeja pensamentos e observações sobre as faltas que percebe ao seu redor ao longo do seu cotidiano. Sua avó, que sofria com uma demência senil, acaba de falecer e deixa para trás um emaranhado de histórias familiares e seu trabalho manual, que são os gatilhos para a história se desenvolver. A partir disso, se inicia uma busca pelos vãos desconhecidos da história de sua avó e de sua própria trajetória no mundo como mulher. O fim de um relacionamento e corpo feminino em perspectiva com a cidade, com o outro, com as fases da vida e do ciclo hormonal são o pano de fundo para um romance não linear que se constrói. Uma narrativa escrita em fragmentos em que acontecimentos e memórias são despejadas para que o leitor teça suas identificações e conheça muitas histórias invisíveis. Nessa jornada de busca e reflexão, a personagem principal descobre aspectos de sua história que foram apagados – como a descendência de uma bisavó pertencente aos povos originários brasileiros, de que nunca tinha ouvido falar e, por conseguinte, de si própria e da vida que coabita ao seu redor. Essas vivências são colocadas em perspectiva com seu corpo, seus relacionamentos e com a cidade tais como aparecem em seu pensamento, de forma desconexa e cotidiana. A escrita em fragmentos busca gerar uma descontinuidade fragmentada que, aos poucos, forma sentido, assim como se dá o autoconhecimento e também a realização do trabalho manual. A partir desse conteúdo, revela-se uma cultura brasileira invisível (das avós e bisavós e seus pequenos legados), e também de um estilo e forma criados para traduzirem o quebra-cabeças que significa compreender a vida ao redor.
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Graça, de Pedro SantosR$50.00[FRETE INCLUSO] “Graça” é a terceira obra literária da carreira de Pedro Santos. A história do livro consiste em um mergulho poético sobre a jornada do autoconhecimento humano. Os poemas compõem um retrato singelo dos percalços de um eu-lírico que se vê provocado e mediado pelos símbolos que a psicologia, a psiquiatria e a psicanálise fornecem a ele no seu caminho de compreensão e burilamento do seu sofrimento. Na sua travessia pela dor, o personagem principal do livro percebe que sustentar o riso, ter a leveza como inspiração, são gestos de uma sabedoria a ser cultivada, uma arte que requer uma intimidade com o tempo e uma profunda imersão no entendimento do que é sofrer, do que é amar, do que é ser livre.
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EnCerrado, de Nicolas BehrR$60.00[FRETE INCLUSO] O livro EnCerrado é uma tradução poética de todo o conhecimento acumulado por Nicolas Behr na sua vivência com o nosso rico cerrado. Com uma linguagem clara e direta, que o caracteriza, o poeta alerta contra o fim desse bioma tão estratégico para o Brasil, seja na geração de energia elétrica quanto na produção de alimentos. Nascido em Cuiabá, MT, a capital do agronegócio, o poeta foi criado em uma fazenda no norte do estado, em Diamantino. Nicolas Behr teve, desde a infância, um contato muito próximo com a flora e a fauna da savana com a maior diversidade biológica em todo o mundo. Jovem, mudou-se para Brasília, também no cerrado, no começo dos anos 1970, e na capital começou a produzir livrinhos mimeografados, fazendo parte da chamada poesia marginal. Logo se engajou no movimento ecológico no início dos anos 1980, fundou ONGs de defesa do meio ambiente e foi trabalhar na Fundação Pró-Natureza. Nesse período tinha como hobby a produção de mudas de espécies nativas do cerrado, passando, no começo dos anos 1990, a sobreviver de um viveiro de mudas, o Pau-Brasília, até hoje em atividade. Com texto de apresentação do jornalista e escritor Carlos Marcelo, fotografias de Truman Macedo e projeto gráfico de Mário Vinícius, o livro EnCerrado traz, entre poemas apocalípticos e versos encantados, uma reflexão sobre o nosso futuro comum: a sobrevivência da espécie humana neste planeta.
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Desdobrar Leminski, por Tarso de MeloR$50.00[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] Desdobrar Paulo Leminski, por Tarso de Melo Sobre o livro A obra poética de Paulo Leminski (1944-1989) é uma das mais admiráveis e instigantes do século XX no Brasil. Fazendo crítica, ficção, tradução, biografias, ensaios e, mais que tudo, poesia, o poeta curitibano fez e faz gerações de leitores apaixonados desde os anos 1970 e, mesmo tendo desaparecido tão novo e há tanto tempo, chega ao nosso tempo com o mesmo frescor, a mesma força. Nesse pequeno livro, que abre a coleção Desdobrar, o poeta Tarso de Melo — que se apaixonou pela poesia de Leminski na adolescência e, desde então, é um dedicado e empolgado estudioso de sua obra — nos conduz pelos múltiplos sentidos dessa figura que não apenas agita os poetas e a crítica, mas consegue, numa escala rara para a poesia, despertar nos leitores um desejo profundo de viver entre as palavras. O livro traz um pequeno perfil biográfico de Leminski e a apresentação das obras publicadas por ele, seguindo-se uma reflexão sobre as principais características dessa obra e seus sentidos na atualidade. Por fim, o volume contém uma bibliografia de e sobre o poeta, para que o leitor faça sua própria viagem. É só o começo. Uma frase de Leminski “Por que os povos amam seus poetas? É porque os povos precisam disso. Os poetas dizem uma coisa que as pessoas precisam que seja dita. O poeta não é um ser de luxo, ele não é uma excrescência ornamental, ele é uma necessidade orgânica de uma sociedade. A sociedade precisa daquilo, daquela loucura para respirar. É através da loucura dos poetas, através da ruptura que eles representam, que a sociedade respira.” Paulo Leminski Sobre o autor Tarso de Melo (1976) é poeta e editor. Coordena o Círculo de Poemas, coleção de poesia da editora Fósforo. Doutor em Filosofia do Direito pela USP, atualmente realiza pós-doutorado em teoria literária na UNICAMP, estudando a obra de Paulo Leminski. É autor de Rastros: antologia poética 1999-2018 (martelo casa editorial, 2019) e As formas selvagens da alegria (Alpharrabio, 2022), entre outros livros. Pela Impressões de Minas, lançou Um mergulho e seu avesso (com Alberto Pucheu, 2022) e organizou Só quero saber do que pode dar certo (com Thiago E, 2024). Sobre a coleção A Coleção Desdobrar reúne pequenos perfis e interpretações de alguns dos principais poetas, ficcionistas e ensaístas brasileiros e estrangeiros. Os livros, escritos por estudiosos, contêm uma pequena biografia, seguida de um ensaio sobre a obra e de uma bibliografia de e sobre os autores. O objetivo da coleção é oferecer, em versão curta, aguda e competente, um guia de leitura para obras que são tão fundamentais quanto complexas. São pequenos livros que servem como um convite, um apoio, um mapa. Uma conversa que começa aqui — e se desdobra infinitamente.
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A mosca volta a pousar sobre a ferida aberta após a quarta-feira, de Gabriela Pereira de FreitasR$60.00[FRETE INCLUSO] “A mosca volta a pousar sobre a ferida aberta após a quarta-feira” é um livro que reúne poesias escritas ao longo de muitos anos. A ideia central do livro surgiu a partir da percepção que o universo do carnaval era um tema importante e frequente em muitos poemas. Não a noção superficial do carnaval, apenas ligada à folia, mas também seu papel histórico, social, cultural, político e estético. O carnaval como resistência e afirmação da vida. A ansiedade para a chegada do carnaval, a euforia e a fantasias vividas durante os dias dos festejos e a frustração em saber que a tudo volta ao normal após a quarta-feira de cinzas deu origem não só ao título, mas também à organização do livro em dias da semana, começando na quinta-feira anterior até a quinta-feira posterior ao carnaval. Os poemas foram selecionados conforme o sentimento que toma conta de cada um dos dias da semana que perpassa o período festivo. Além disso, para cada dia da semana há uma indicação de uma música de Chico Buarque relacionada ao carnaval e que reforça essa sensação, preparando o terreno para os sentimentos que virão a seguir. Os poemas falam de questões existenciais, sobre o desejo, as alegrias e tristezas do amor e da descoberta de si. Há, nos poemas, um processo claro de construção de uma subjetividade feminina que desafia os limites sobre o quanto pode ou tem direito a desejar em uma sociedade, sabemos, infelizmente ainda tão misógina. O leitor e a leitora, portanto, são convidados a também pensar sobre sua própria vida e seus desejos, sobre aquilo que faz pulsar, mesmo em face ao desamparo da existência.
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Máscaras de pele, tecido e titânio, de Daniela FunezR$60.00[FRETE INCLUSO] “Máscaras de pele, tecido e titânio” é um romance pandêmico, que começou a ser escrito durante uma viagem pela Europa no meio da explosão da variante Ômicron, com lugares reabertos e refechados, testes, burocracias e a sensação constante de estranheza, de ser um corpo estranho em um lugar estrangeiro, e vice-versa, num mix de ficção científica e relato de viagem semiautobiográfico. Viajando enquanto tenta escrever uma distopia cyberpunk bem convencional e clichê, a escritora se percebe parte de um turismo destrutivo em um continente atrasado, mas que quer posar de símbolo de progresso. Como uma pessoa trans, ela não é uma estranha apenas enquanto atravessa estações de trem desorganizadas, fiordes e ruínas de antes do ano um, mas também é estranha em sua própria cidade e círculo social, carregando essa sensação para a história de ação futurista que é construída no decorrer do livro.
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Cabeça de sol em cima do trem [ remix ], de Thiago ER$60.00[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] “A poesia de Thiago E é corpo e coisa. Como essa carnação do sol, essa cabeça, aboletada nesse trem (pra que Catende ele vai, assim, tão danado?). Corpo: um corpo animal, insubmisso, molusco e língua viva. Coisa: a traquitana da máquina, essa mesma, a de palavras. Palavras num giro poético, em estado transante, de transe e transação. A língua, quem sabe?, da infância. Thiago E inventa, gira as palavras num caleidoscópio, acessa a língua (de novo ela) desse idioma (poiesis). E conversa com a tradição, há que se dizer. E ri com a tradição, coisa muito importante, aliás, de se fazer na presença dela. O poeta investiga, se lança, assume o risco, faz uma poesia móvel, transparente, inquieta e com vontade de chegar. E chega nas franjas da encosta, o traço, o raio da palavra.” (Texto de Micheliny Verunschk para a orelha do livro)
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Algo anti como alvo, de Carlos Augusto NovaisR$60.00[FRETE INCLUSO] Livro de poesias de Carlos Augusto Novais. Natural de João Monlevade/MG, 1958, Carlos Augusto Novais é poeta, editor e professor da Faculdade de Educação da UFMG. Participou, em Belo Horizonte, dos grupos/revistas de poesia Alegria Blues Banda, Aqui Ó, Cemflores Pirata (Edições Cemflores, 1978-1982; 2017), DezXDez (1994-1996), Associação Cultural Pandora (1997-1999). Coorganizador da coleção Poesia Orbital (1997: 62 livros), da Mostra Poética de Belo Horizonte (1994-1996: 10 fascículos), Salto de Tigre: mini-antologia da poesia contemporânea de Belo Horizonte (1994), e da Antologia Dezfaces (2008). Coeditor dos jornais Inferno (1998-1999) e Dezfaces (2006-2011), de poesia e poética experimentais. Livros de poesia: Pragizélia (1980), A de palavra (1989), Alvo. S. m. (1997), Algo (2022), XXV Órbitas (com Mário Alex, 2024). Participação em Antologias: Salto de Tigre (1994); O melhor da Poesia Brasileira – Minas Gerais (2002); Dezfaces (2008); Entrelinhas, entremontes – versos contemporâneos de Belo Horizonte (2020). CD de poesia (em parceria): Cacograma (2001).
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Planeta errante, de Amanda RibeiroR$60.00[FRETE INCLUSO] “Planeta errante”, o terceiro livro da poeta Amanda Ribeiro, parte de uma notícia de jornal e de conceitos da astronomia para nos fazer refletir sobre algumas relações — das mundanas às galáticas. Um livro-objeto que pode ser lido, contemplado e completado por cada um que entrar nessa viagem pelos espaços-tempos da matéria sutil. Amanda Ribeiro nasceu em Belo Horizonte em 1989. É poeta, videopoeta, professora e pesquisadora. Autora de “Livre é abelha” (Impressões de Minas, 2018) e “Máquina de costurar concreto” (Peirópolis, 2022). Gosta dos astros celestes, de bater perna pela cidade e de curvar espaços-tempos ao seu redor.
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Ontem escutei e hoje conto, de Marcos GuiãoR$78.80[ESGOTADO] [FRETE INCLUSO] Depois de mais de cinco anos de maturação, escuta e escrita, nasceu o mais novo rebento de Marcos Guião, um livro parido com afeto e esmero, que carrega em suas páginas o perfume das plantas, a sabedoria dos mais velhos e a poesia dos caminhos do interior de Minas Gerais. São 65 crônicas organizadas ao longo de cinco estações – primavera, verão, outono, inverno – e uma última estação batizada por Marcos de "fora do tempo", dedicada àquelas histórias que se desgarraram dos calendários, mas se firmaram nas memórias. Segundo o autor, “Essas histórias nasceram da estrada, dos encontros com raizeiros e parteiras, dos cursos oferecidos pelos rincões de Minas, das cozinhas cheias de cheiro, das rezas ao entardecer e dos silêncios que só o mato ensina.” O livro tem ilustração da capa feita por Leo Santana e projeto gráfico de Elza Silveira.
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deslinha, de Angela QuintoR$63.00[FRETE INCLUSO] Os poemas das sete seções de deslinha oferecem aos leitores uma visão caleidoscópica dos trabalhos de Angela Quinto de 2017 a 2024. Há um convite, desde a capa do livro ao início de cada seção, para que a passagem seja feita por frestas, cortes nas paisagens, possibilitando rupturas/ aberturas para novos campos/ realidades, no rastro de R. Barthes que diz do trapacear a língua para se arrancar dela o poder colonizador. Neste livro, de orelha única, o poeta e tradutor Diogo Cardoso escreve: “caçadora de línguas, Angela nos conduz a enigmas escritos num português dentro de plurilínguas, palavras cerzidas num acelerador de partículas e que o rescaldo de sentidos se faz dentro de um cadinho mágico. (...) “Tudo o que nos foi dado saber” por sua língua sismográfica se petrifica em nossos sentidos, nos movimentando para a orun-clareira da mais realidade”.
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O teto é baixo e me espreme se não agacho, de Marcelo BFR$45.00[FRETE INCLUSO] Os textos de o teto é baixo e me espreme se não agacho foram escritos originalmente em diferentes períodos e revisitados no processo de formatação, de edição do livro. Segundo o autor, a ideia surgiu da vontade de fazer um livro em formato pequeno que coubesse no bolso e que fosse bom de tocar; um livro de sopros/sussurros poéticos que pudesse ser lido-visto-ouvido e tocado em qualquer lugar. o teto é baixo e me espreme se não agacho reforça os sentidos que a palavra conduz e, através da associação, ou do encontro de metáforas [e outras figuras de linguagem], enfatiza/revela a contradição de cada texto. Sobre o processo de criação, Marcelo BF afirma: “leio o livro como vejo um filme de curta duração. Nele se articulam 8 cenas de respiração poética, a maior parte alegorias ingênuas, ambivalentes, com uma abertura às vezes ambígua, às vezes propositalmente óbvia, que representa uma ideia de ‘créditos iniciais’ para o livro que motivou a sua criação. Reunidas como em um processo de edição de imagens, as cenas são alinhavadas por textos de passagem que estruturam o livro objeto poético. o teto é baixo e me espreme se não agacho é um livro para ser tocado, e pode ser levado no(a) bolso(a) e ser lido em vários lugares: na rua, em um banco de praça, no ônibus, no metrô, em uma mesa de bar, no avião, no parque, em casa, na chuva, no trem, na beira do mar... só e em ato de compartilhar.”
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Voltei para buscar meus olhos, de Sabrina DalbeloR$60.00[FRETE INCLUSO] Voltei para buscar meus olhos, livro de poemas de Sabrina Dalbelo, é um livro que nasceu há mais tempo do que foi escrito. A partir de suas observações sobre o mundo, coisas e pessoas, a autora traduz em seus poemas aquilo que viu e sentiu durante sua trajetória de vida, trazendo esse olhar para os temas presentes no livro. Os poemas de Voltei para buscar meus olhos foram escritos em um período de cinco a seis anos e foram muito trabalhados até que compusessem o organismo único e orgânico que é o livro. Os textos passaram pela leitura de Marcelino Freire, Lilian Sais, Sérgio Tavares e Pedro Gonzaga. A edição do livro acabou sendo marcada por mais um momento da vida da autora. O processo precisou ser interrompido por conta dos transtornos causados pela enchente que aconteceu em Porto Alegre no ano de 2024. “Escrever é dar um beijo no tempo e voltar. Um dia eu ouvi falar. É ir ali na flor do jardim da infância. Plantar o som das plantas. Das larvas. Lagartas nos quintais alheios. E nos recreios futuros. A poeta Sabrina Dalbelo vai fundo por dentro das antigas e novas palavras. Lidas nas linhas deste caderno. Vistas neste belo livro ponte. Horizonte para nossos olhos abertos.” (Texto de Marcelino Freire para a quarta capa do livro) “A poesia de Sabrina Dalbelo é um convite para voltarmos a amar o mundo no mundo, uma sustentação de que as experiências fundamentais (vividas, fabuladas, recuperadas) estão sempre ao alcance de nossos sentidos, se nos deixarmos levar por seus poemas.” (Texto de Pedro Gonzaga para a quarta capa do livro) “Com dicção única e carga expressiva surpreendente, Sabrina faz nascer nestas páginas uma poética que pulsa como um coração na mão, como o refugiado coração de quem procura casa. É um projeto ao mesmo tempo poderoso e delicado, e insisto nesse último adjetivo. São palavras ditas em voz baixa, típicas de quem se devota à minúcia e se dá conta de que é em torno deles que a vida acontece. Basta ter olhos para ver. Basta buscá-los.” (Trecho da orelha do livro, escrita por Mar Becker)
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Capitão Madureira: uma novelinha, de Felipe BernardoR$60.00[FRETE INCLUSO] Em Capitão Madureira: uma novelinha, Felipe Bernardo permite ao leitor bisbilhotar as desventuras de um capitão da reserva que volta à ativa depois que um governo militar ascende ao poder. Em seu primeiro livro, o autor retrata de forma satírica e irônica o ambiente aloprado de um clube militar. A simplicidade da trama esconde uma alegoria crítica sobre os últimos anos da política brasileira. Para a escritora Laura Cohen, Capitão Madureira “é um romance-retrato de um personagem que todos nós temos o desprazer de conhecer: um militar reformado que leva uma vida boa e odeia trabalhar, cheio de pensamentos de grandiloquência, ressentimento, medo e muita preguiça (exceto para o hobbie da natação).” Na orelha para o livro, Laura Cohen reconhece a importância do tom adotado pelo autor: “a ficção e o riso são remédios para o trauma que vivemos no passado e uma vacina contra o que há de vir.” Capitão Madureira: uma novelinha tem ilustrações de Frederico Guerra, Laura Lao e Lucas Emanuel e projeto gráfico de Elza Silveira.
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sem termo, de Ronald PolitoR$60.00[FRETE INCLUSO] "Ler os poemas de sem termo (Impressões de Minas, 2024), último livro de Ronald Polito a ser lançado no início deste primeiro semestre de 2025, leva-nos a refletir sobre a matéria e a forma de sua poesia, ou sobre quais são os elementos de força de um poeta que transita entre as artes poéticas e visuais, e que espreme as palavras, reduzindo-as ao seu mínimo. Isso está presente ao longo de sua produção poética, como em tipografia alfabeta, parceria com Mário Alex Rosa (Tipografia do Zé, 2023), em que o poema nos comunica sensorial e simultaneamente a dimensão gráfica e verbal da palavra, logo convertida em objeto. Há algo similar desta dimensão objetal em sem termo materializada pelas mãos do designer Mário Vinícius, que assina o projeto gráfico e faz a parceria com Ronald Polito – exímio poeta da visualidade. No livro muito bem editado, com excelente acabamento gráfico e visual, como têm sido as edições da impecável Impressões de Minas, a escolha da fonte Stencil Creek nos títulos das seções e do livro permitiu uma exploração lúdica das palavras, compondo espirais com segmentos desmembrados da fonte em desenhos que tanto evocam uma escrita pré-alfabética – dado que as letras passam a revelar mais sua força icônica que signíca, de acordo com o viés peirceano – quanto fazem uma referência à poesia visual espiralada, a exemplo de “a rosa doente”, de William Blake, traduzida por Augusto de Campos, ou do exemplo iterativo de “a rose is a rose is a rose...”, de Gertrude Stein. Começando pelo título “sem termo”, impresso parte em relevo, parte impressão lisa, as espirais começam a avançar pelas páginas, ora imprimindo-se parte de um segmento, ora parte de outra fração da fonte, desdobrando as palavras títulos. Isso cria um processo de visualidade que espicaça a curiosidade do leitor e faz pensar mais na camada visual que acústica dos poemas. Sua forma, sua densidade, e consequentemente em sua matéria. Assim, os poemas de sem termo são mínimos, geralmente de 4 a 6 versos, variando de um a cinco sílabas poéticas e, embora os lembrem pela concisão, não são haicais. Os títulos de poemas e livro se inscrevem em minúsculas, o que em si indica um tom menor, um certo rebaixamento da poesia, dado que dela não se anunciará uma saída: “escutar/ atento/ o teu/ não chamado” (p. 56). Mas essa linha negativa se escreve já em livros anteriores de Ronald Polito, como terminal (7Letras, 2006), no qual o poeta parece dialogar com o conceito benjaminiano de “experiência”, por exemplo, no poema “ascese”, em que se questiona a experiência, vista talvez como impossibilidade de acesso seguro ao conhecimento." (Texto de Rogério Barbosa da Silva)
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Gineceu, de Nathalia CamposR$60.00[FRETE INCLUSO] Nesta coletânea de oito contos, Nathalia Campos convida a uma viagem pelo introvertido universo feminino, em lares disfuncionais, desencontros amorosos, maternidades imperfeitas, ideais humanos desfeitos, mesclando o cômico, o surreal e o perturbador. Segundo Ana Elisa Ribeiro, que assina a orelha do livro, “Um dos oito contos deste conjunto dá título ao livro de Nathalia Campos. Não por acaso, “Gineceu” é um dos textos de maior tensão, inclusive sexual, entre as narrativas aqui reunidas. Embora o gênero literário coincida — contos —, as formas como eles são compostos variam, alternando longos parágrafos cheios de causticidade com diálogos surpreendentes, que fazem progredir narrativas cujos ambientes, geralmente urbanos, não se sobrepõem às microloucuras das pessoas que aí transitam. Um tema que pulsa neste Gineceu são os encontros, por menos óbvios que sejam. E neles estão pressupostos os desencontros, coincidências tardias ou indesejáveis, o mal-estar da indiferença, assim como nossas coleções de decepções. Uma sauna bastante frequentada, a emulação da fala de um gringo, relações familiares, relações amorosas, passados e presentes, um vestido com uma imensa flor, imagens que ficam na memória, entre outras, depois da experiência inquietante de conviver, via leitura, com estas personagens. Nathalia Campos, narradora e boa ilusionista, parece não ter dúvida de que nada pode ser entregue de mão beijada. A tensão e a dúvida talvez sejam seus maiores trunfos, assim como algumas viradas que podem nos deixar suspensos ou perplexos. Gineceu é de se ler com dedicação e sem a menor cautela.”