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de onde se avista o céu, de Julieta DobbinR$60.00[FRETE INCLUSO] De onde se avista o céu é um livro escrito à beira de um abismo. A história tem como protagonista uma mulher que corre de seu passado em direção ao nada e, estando frente a frente com ele, freia de súbito. Então, com o desconhecido que se mostra em um buraco sem fim, resgata suas memórias, entre o desejo de saltar e o medo do que pode vir, entre suas memórias que lhe pedem para voltar e o impulso de um corpo, que quer mergulhar em uma incerta escuridão. Este livro traz, a partir de uma escrita poética, reflexões sobre a memória e a morte. Foi escrito em um fluxo de pensamentos e sentimentos pela autora e se torna algo para além dela. Na criação do projeto gráfico de De onde se avista o céu, atentou-se para palavras que se destacavam da história e que reescrevem uma poesia. Criou-se, então, um segundo desenho de escrita, que descola do texto breves passagens, que passam a se mover e deslocar sentidos, promovendo uma leitura ritmada com a poesia que a encerra.
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O vento roubou meu chapéu, de Aline SilvaR$75.00[FRETE INCLUSO] Em 2019, Aline Silva começou a escrever o livro O vento roubou meu chapéu. Segundo a autora, foram alguns começos interrompidos. Em 2022, a partir da interlocução com Júlia Arantes, a escrita fluiu num movimento fértil e ritmado, quase constante, até meados de 2024, quando foi finalizado. O livro foi inspirado na história de vida do pai da autora, que migrou de Pernambuco para o Rio de Janeiro. Com uma narrativa que não obedece uma ordem cronológica, a autora também estabelece em seu texto um diálogo com sua filha de oito anos, ao mesmo tempo que resgata uma conexão ancestral com sua avó paterna. Júlia Arantes, que assina a orelha do livro, destaca que “com uma escrita poética e precisa, a autora costura um romance transgeracional, no qual o leitor se vê refletido, revisitando sua própria história. Mais do que sobre um homem, é sobre viver, morrer e nascer.” Nadja Rodrigues, no texto de apresentação, afirma que O vento roubou meu chapéu é "um romance de todos os Silvas, narrativa que se presta ao íntimo e se empresta à intimidade de cada leitor, de cada história de migração e de travessia da morte à vida." O livro, que tem projeto gráfico de Elza Silveira, apresenta, na capa e na sobrecapa, ilustração de Julia Panadés. A sobrecapa tem ainda, em seu verso, um desenho de árvore genealógica feito pela própria autora.
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Máscaras de pele, tecido e titânio, de Daniela FunezR$60.00[FRETE INCLUSO] “Máscaras de pele, tecido e titânio” é um romance pandêmico, que começou a ser escrito durante uma viagem pela Europa no meio da explosão da variante Ômicron, com lugares reabertos e refechados, testes, burocracias e a sensação constante de estranheza, de ser um corpo estranho em um lugar estrangeiro, e vice-versa, num mix de ficção científica e relato de viagem semiautobiográfico. Viajando enquanto tenta escrever uma distopia cyberpunk bem convencional e clichê, a escritora se percebe parte de um turismo destrutivo em um continente atrasado, mas que quer posar de símbolo de progresso. Como uma pessoa trans, ela não é uma estranha apenas enquanto atravessa estações de trem desorganizadas, fiordes e ruínas de antes do ano um, mas também é estranha em sua própria cidade e círculo social, carregando essa sensação para a história de ação futurista que é construída no decorrer do livro.
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O escutador, de Carlos MarceloR$80.00[FRETE INCLUSO] Nos anos 1950, o jovem escritor Ademir Lins, recém-chegado a Belo Horizonte, vai trabalhar numa editora com grandes nomes da literatura brasileira e desaparece após se envolver em um triângulo amoroso trágico. Ele deixa para trás um crime, um mistério e um relato em primeira pessoa: “O escutador”. Ademir havia sido contratado pela Editora Montanhesa para ocupar uma função já extinta no mercado editorial brasileiro. O escutador era o responsável por ouvir dos escritores de narrativas seriadas os próximos passos de tramas que mobilizavam milhões de leitores e se responsabilizar pela continuidade e conclusão dos livros, em caso de algum impedimento do autor. No trabalho, Ademir Lins tem a oportunidade de conhecer grandes nomes da literatura, que escreviam os livrinhos sob pseudônimos, e inicia a escrita de seu primeiro e único livro, posteriormente publicado pela Montanhesa. “Foi muito estimulante unir pesquisa e ficção para descobrir uma história que me permitiu mergulhar em uma época única do Brasil, e da literatura brasileira, no século 20. De certa forma, tentei escutar o que Ademir Lins tem a dizer aos leitores do nosso século”, acredita o jornalista e escritor Carlos Marcelo, responsável pela narrativa.
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Caruncho, de Laura Cohen RabeloR$69.00Caruncho toma seu nome emprestado de um inseto que come livros, madeira e alimentos. Trata-se de um romance sobre a passagem do tempo, a decadência e a deterioração das coisas e das relações. Também é um elogio à desistência e uma crítica à impossibilidade de escuta em um mundo em que as personagens são tratadas pelos seus cargos, e não pelos seus nomes. Em capítulos que se alternam em dois tempos, temos duas narrativas paralelas que, aos poucos, vão se completando e fazendo um sentido maior. Para a autora, “o romance é um quiasma, uma oposição entre dois personagens. Um maestro de sessenta e cinco anos, cujo corpo adoecido pode impedir de que ele suba ao palco novamente (coisa que ele mais deseja) e uma violoncelista de trinta e cinco, no auge de sua saúde e talento, que desiste de sua carreira e propõe fazer um último concerto”. O maestro, narrado em terceira pessoa, se desdobra em sua falta de escuta: ouve, sem compreender, que a violoncelista está realizando o que ela chama de desistência feliz. Em suas partes, a violoncelista narra acontecimentos de dez anos antes da narrativa do maestro, como questões que envolvem o social, atravessando seu próprio corpo e história, e coloca em perspectiva o elitismo do ambiente musical que habitam. Mas a fala da personagem não é apenas um testemunho de alguns dias que colocaram sua carreira em perspectiva, mas uma palavra dirigida a um terceiro personagem, um pianista.
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O Rio dos Vestidos Amarelos, de Marcus FreitasR$50.00[PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] Em O Rio dos Vestidos Amarelos, romance de crime escrito por Marcus Freitas, nos deparamos com a história do protagonista Romero Puntel. Depois de ter abandonado a carreira de delegado de polícia, e de ter enfrentado uma crise pessoal por esse motivo, Puntel volta à ativa como investigador particular, motivado pelo assassinato em série de jovens mulheres na cidade de Belo Horizonte, cujo único dado em comum e aparente é estarem todas elas, no momento da morte, usando vestidos amarelos. A paisagem integra a trama, em especial a destruição e a cobertura “sanitária” das águas que cruzam a cidade, rios que se tornaram canais de esgoto e cujas imagens assombram o investigador e a própria narrativa. Da mesma forma, elementos da cultura pop dos anos 60 (músicas, filmes, HQs) entram na história a partir das memórias de Puntel. Um legista sórdido, uma banqueteira e professora de culinária, um velho investigador cheio de ditados, um punk admirador de Frank Sinatra, um assassino serial apelidado pela imprensa de Homem-Aranha são algumas das personagens que cruzam as reviravoltas de Romero Puntel entre ruas antigas e riachos cobertos, cinemas abandonados e casas funerárias, velhas galerias e botequins imemoriais, clipes no computador e fotos de autópsia, cachoeiras de esgoto e cantoras de blues, lixo nas calçadas e entulho na internet. O livro é editado pela Impressões de Minas Editora e traz a já conhecida marca do apurado projeto gráfico de Elza Silveira e do rigoroso controle de produção de sabor artesanal de Wallison Gontijo. Esse romance, ao mesmo tempo um thriller e uma contundente meditação sobre o Brasil de hoje, vem reafirmar o lugar de Marcus Freitas entre os escritores contemporâneos, além de, como já é marca do autor, tornar a cidade de Belo Horizonte, seus bairros e locais, palco para uma instigante investigação.
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Notícias da contenda, de Adilson Luiz QuevedoR$40.00[FRETE INCLUSO]
Em Notícias da contenda, Adilson aprimora sua linguagem, indo além: parte de uma espécie de distopia pretérita, enquadrada na década de 1980, em plena Guerra Fria. Abolindo o passado e reinventando a história, subverte a disputa de poder de influência política, econômica, militar e ideológica entre os dois blocos, em uma disputa lúdica e amistosa, como ele escreve logo na primeira página. No lugar de ogivas nucleares, seu arsenal são os livros das principais bibliotecas do mundo. A “corrida armamentista” entre os países adversários é travada pela mensuração do conteúdo dos acervos e dos alvos onde são lançados, na distinção de uma supremacia canônica literária universal. Nada mais oportuno em dias sombrios como os atuais. O conhecimento ao invés do obscurantismo, a civilidade ao invés da barbárie. Patrimônios culturais inteiros antes restritos às prateleiras das bibliotecas, agora acanhoados nas ruas e praças, ao bel-prazer de quem se interessar resgatá-los. Entremeado a isto, nos capítulos pares, desenrola-se relato epistolar, psicológico, memorialístico, roteirístico e investigativo; afinal, independentemente da abrangência dos conflitos, a vida segue desenfreadamente o seu curso. (Texto de Luiz Guilherme Romancini)
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Ainda, de Laura Cohen RabeloR$36.00[FRETE INCLUSO] Empreender uma busca em que esteja em causa o próprio ato de buscar: o termo latino queste, mencionado a certa altura de Ainda, segundo romance de Laura Cohen Rabelo, pode produzir importantes iluminações sobre o que a autora parece estabelecer como seu projeto de escrita.