Exibindo 1–20 de 45 resultados

Filtros
  • Estupidez
    R$60.00
    [FRETE INCLUSO] Estupidez é o quarto e último livro de poesia da série Descantos d’escárnio e maldizer escritos por Andityas Matos entre 2019 e 2022. Nele, o autor se afasta das literatices e das escolinhas de Letras e se concentra na “coisidade” da palavra para nela encontrar um humor e um nonsense que não se confundem com a suposta “realidade”, mas a problematizam, tornando-a sujeita à dúvida, à crítica, ao riso corrosivo. Para além dessa camada crítico-política, trata-se de uma obra dedicada à memória em que o autor revisita Barbacena e suas loucuras, reencontra a pintura hierática e neobizantina de Paulo Matos, seu pai morto, confessa seu amor pelos gatos, relê em chave contemporânea a Odisseia de Homero, entre outras estupidezes menores, pessoais e inofensivas que contrastam com as estupidezes maiores e mortíferas dos poderes constituídos.
  • Jamais escrevi isto
    R$55.00
    [FRETE INCLUSO] Jamais escrevi isto, novo livro de poesias do autor mineiro André Villani, busca conectar passado e presente, intercalando poemas com vozes de figuras conhecidas e anônimas. De Van Gogh a Tupac, passando por Pizarnik e Pagu, até uma astuta sobrevivente do Titanic, o  segundo livro de André Villani resgata aquilo que deixamos para trás como forma de imprimir novos significados e ruídos. Uma desilusão amorosa,  homenagens equivocadas a um escritor argentino, guerrilhas latino-americanas e o mais belo recado até hoje gravado em uma secretária eletrônica são alguns dos temas explorados no livro. O projeto gráfico do livro, realizado pelo artista Preto Matheus, traz elementos comuns às correspondências escritas e enviadas à distância, como traços de selos e envelopes, e dialogam com os poemas-cartas, linguagem que materializa a escrita. A edição, publicada pela Impressões de Minas e feita em sua gráfica, ganhou impressão tipográfica, com tipos de madeira, no título.
  • Poemas para ascender, de Tatiana Bicalho
    R$90.00
    [FRETE INCLUSO] “Poemas para ascender” é um livro-objeto, um livro-bloco com cola exposta de poesias e fotografias dentro de uma caixa, e junto com ele vem também um bloquinho de riscar poemas, um lápis-poema para escrever, um apontador, uma borracha para ser usada em caso de incêndio e uma caixinha de fósforos personalizada. Segundo Eliza Caetano, que assina o prefácio do livro, “O fósforo que não ascendeu é um jardim de delícias e lemos os poemas um pouco lacônicos com esse prazer de ascender um fósforo, ouvir o som e sentir nos dedos o risco na lateral da caixa, olhar a chama aumentar, o palito entortar, sentir o calor nos dedos e só soprar quando ficar insuportável. Esse é mesmo um momento de silêncio — não é possível olhar outra coisa acontecer ou terminar uma frase. • As imagens das caixas de fósforo, “instantes fotográficos”, vêm assim, parece que para guardar esse silêncio. Não à toa se intensificam à medida que a leitura avança. Uma vez que começamos, é difícil parar de acender os fósforos, seguimos riscando mais e mais rápido. O livro vai ardendo em nossas mãos.”
  • Dá Pé, de Luísa Bahia
    R$52.00
    [FRETE INCLUSO] "Lembretes para corpos avoados, poemas gordos para vozes emocionadas, testes e outras jogatinas para as almas aritméticas", é assim que a artista Luísa Bahia apresenta o seu livro ao leitor. Em “Dá Pé”, a artista e educadora congonhense traz diferentes tipos de poemas que subvertem a forma lírica habitual, apresentando-se como múltipla escolha, listas, mini contos, desenhos e haikus. Iniciado no período da pandemia e finalizado em 2023 após uma itinerância de Luísa por diversas cidades do Brasil (Salvador-BA, Alter do Chão-PA-Amazônia, Milho Verde-MG, dentre outras) o livro foi escrito em movimento, entre leituras, andanças, meditações, cantos, conversas e rituais. A poética da autora é atravessada pela sua experiência com o teatro, a música, a dança e suas investigações sobre a espiritualidade, o feminismo, a educação e os trânsitos e transformações da própria vida. São referências para a criação, escritores como: Yoko Ono, Pablo Neruda, Adriana Falcão, Letrux, bell hooks e Antônio Simas. A publicação conta com diagramação de Filipe Lampejo e projeto gráfico deste, em parceria com Vinícius Souza. Déa Trancoso é quem assina a orelha do livro. A artista e pesquisadora compara Luísa a Michel Foucault dizendo que assim como o filósofo, a escritora cria "uma genealogia de imagens que colam na retina, e de conceitos que pulam a cerca e vão parar dentro do coração, querendo, a todo custo, atravessar nossa alma". (Fotos do livro: Alexandre Hugo)
  • Uma varanda no meio do rio, de Thiago Thiago de Mello
    R$60.00
    [FRETE INCLUSO] Poesia que inventa uma memória, Uma varanda no meio do rio, primeiro livro de Thiago Thiago de Mello (Editora Impressões de Minas, 2023) apresenta textos, poemas e letras de música do autor reunidos a cartas, e-mails, bilhetes e fotos de seus antepassados. Fruto de um trabalho de pesquisa pessoal e amoroso, o livro – com fotos inéditas de Andreas Valentim e Valdir Cruz – traz esses fragmentos da memória e os intercala com a produção poética de Thiago. Cantador, professor e compositor carioca, Thiago Thiago de Mello foi criado na Amazônia e até hoje faz uma ponte entre o Rio de Janeiro e o rio Andirá, que banha Barreirinha, cidade no Amazonas onde nasceu o poeta Thiago de Mello (1926-2022), seu pai. A esses Thiagos se somam muitos outros: primos, irmãos, tio, avô, bisavô… Essa profusão de Thiagos atravessa o livro, que revela os elementos que compõem a espinha dorsal daquilo que canta o autor. Aliás, o limite entre o poema e a letra de música é explorado até que não mais percebamos suas diferenças e singularidades, como se o essencial não fosse aquilo que os separa mas, pelo contrário, o que os aproxima e os amalgama. Em um trabalho cuidadoso e delicado de edição e diagramação, o projeto gráfico ressalta a qualidade poética e histórica das fotos, protagonistas dessa longa história amazônica que Thiago percorre com sentimento e rigor, acompanhando os passos de sua família desde meados do século XIX até os dias de hoje. As incríveis fotografias em preto e branco, de Andreas Valentim e Valdir Cruz – feitas no Andirá em 1982 (por Andreas) e 2017/18 (por Valdir) – enfatizam o tom memorialista do livro, que faz uma espécie de viagem embarcada pelo passado do autor, o levando até a Casa da Poesia, último refúgio de seu pai. Hoje cuidador dessa casa, lugar de afeto e redenção, Thiago parece ser a própria canoa, fazendo uma travessia por todas as águas que levam até a varanda, de cujo parapeito podem ser observados os movimentos dos rios, dos animais e da gente ribeirinha. O universo da gente que vive na beira dos rios amazônicos permeia os textos e as fotos, que chegam a exalar o perfume doce das acapuranas e do cupuaçu. Com 15 anos de carreira fonográfica, 5 discos lançados (em projetos coletivos e solo), o cantador Thiago revela, em seu primeiro livro, os caminhos de suas criações, trazendo à público a intimidade de seus sentimentos e relações familiares. Expressando trégua com o já vivido, percebe-se saudade, mas não melancolia. Por isso, Uma varanda no meio do rio é contemporâneo, com destaque para as muitas parcerias musicais presentes no livro – letras feitas por Thiago para melodias de Nilson Chaves, Allan Carvalho, Ilessi, Diogo Sili, Renato Frazão, Pedro Ivo Frota, Marcelo Fedrá, Claudia Castelo Branco, Demarca, Pou. A memória é matéria, assim como nos dois álbuns amazônicos já lançados por Thiago: Amazonia underground (Blacksalt Records, 2017) e Amazônia Subterrânea (2020). É emocionante acompanhar a relação de Thiago com sua família. Herdeiro desses legados poéticos, o autor nos revela parte do mapa sentimental e afetivo percorrido por suas criações: cartas, bilhetes, dedicatórias de livros, fotografias, histórias, poemas. Escrito e organizado durante o período da pandemia, a finalização do livro se deu após a morte de seu pai, no início de 2022. Desse modo, marca-se um ciclo na vida e na produção poética de Thiago, como se o livro fosse o relato de uma viagem – viagem incessante entre os rios que banham sua vida e alimentam sua alma. Que essa canoa amazônica siga singrando as águas!
  • Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo, de Pedro Bomba
    R$55.00
    [PRÉ- VENDA] [FRETE INCLUSO] De título grande e tortuoso, o “Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo” de Pedro Bomba, ganha sua segunda edição com poemas, capa e projeto gráfico inéditos. Com orelha de Adriane Garcia e quarta capa de Tarso de Melo, o livro apresenta, nas palavras de Garcia, “uma poesia viva, inquieta e inquietante” da qual “nada deve ser perdido: no encadeamento dos versos e sentidos, a surpresa, o alumbramento, o susto se tornam parte da leitura. É uma poesia amorosa e, sobretudo, revolucionária.” A segunda edição de "Extremamente barulhentos certos assuntos, por exemplo" possui projeto gráfico de Elza Silveira e faz parte da Coleção Ouvido Falante.        
  • origem-destino, de Alícia Duarte Penna
    R$55.00
    [FRETE INCLUSO] Divididos em 3 partes, os 63 poemas de origem-destino constituem uma espécie de antologia feita com cuidado pela própria autora. Note-se que no título (o mesmo do poema que fecha o livro, que se abre com o poema “Crio vésperas”), as palavras “origem” e “destino”, grafadas em letra minúscula, são aproximadas por um hífen. Trata-se não de uma determinação, tampouco de um claro começo e de um claro fim daquilo que se passa numa vida ou no período de uma vida em que um livro é gestado. Juntas, as duas palavras formam uma só, num embaralhamento do tempo: dele, tempo, vamos nos assenhorando a cada ato, que é tanto herança quanto projeto. Criamos vésperas. Se a chegada tão aguardada desse livro revela a duração do tempo próprio da poesia de quem o escreveu, é dentro dessa mesma duração que se dá nossa leitura, entre os poemas mais intimistas e aqueles em que cinematograficamente somos deslocados por cenas e cenários junto a personagens que, reais ou fictícios, passamos a conhecer. No belo poema “Gráfica”, por exemplo, somos chamados ao encontro entre trabalhadores – João, Cláudio, Moringa e Paulo, mas também a poeta – durante a fabricação de um livro. Afinal, a quem se destina tudo isso, se não a nós, leitores, contactados, tornados seus cúmplices? Quem estiver lendo este potente origem-destino logo perceberá que Alícia Duarte Penna parece querer mais do que conversar em voz baixa, como se em segredo, conosco: seus poemas nos são diretamente entregues. Mário Alex Rosa, num dos posfácios deste novo livro de Alícia, nota seu cuidado de aparar cada verso, tanto nos poemas mais narrativos quanto naqueles curtíssimos que o compõem. Teodoro Rennó, por sua vez, salienta que a narradora-poeta impõe-se ora muito próxima da fala, ora segundo versos sintaticamente elaborados. Entre seu tom quase confessional e seu desafiador distanciamento, que somente atrai, Alícia Duarte Penna traz o “seu” leitor para esse universo que só a grande poesia consegue criar. origem-destino foi organizado durante o período de maior isolamento durante a pandemia de COVID 19. Sua proposta original, com o que se pretendia aproximar poeta e leitores, conserva-se no produto final, cuidadosamente manufaturado pela Impressões de Minas, com projeto gráfico de Elza Silveira, inspirado em antigos cadernos e livros colecionados pela autora.  origem-destino traz, ao seu final, três qrcodes pelos quais se pode acessar os áudios de cada um dos subconjuntos de poemas, na voz da autora.    
  • Flores em escombros, de Roger de Andrade
    R$50.00
    [30% DE DESCONTO ] [FRETE INCLUSO] Micheliny Verunschk, na orelha de Flores em escombros, afirma: "O que pode uma flor contra a ruína? Antes de responder a essa pergunta, é preciso ter em vista duas coisas: a primeira é que, embora das frestas de toda ruína nasçam plantas em profusão, matinhos com suas flores, avencas com seus brotos perscrutando o mundo, a flor é a antirruína por princípio, a flor é o princípio da restituição da vida; a segunda é que a ruína é o dejeto do humano, aquilo que é gerado e engendrado pela nossa atração pelo terrível. Isso posto, chegamos a esse Flores em escombros, livro de poesia de Roger de Andrade, poesia em diálogo de espanto para com esse mundo esfacelado que nos é legado pelas políticas de destruição da beleza e da alteridade, o mundo que é deixado de herança pelo Antropoceno e pela sua garra mais feroz, o Capitalismo Neoliberal. Dividido em quatro partes (a saber, “The Waste Land, Reloaded”, “Líricas de Desejos”, “Abecedário Amoroso” e “linguaviagens”), Flores em escombros tece com maestria uma cartografia das paisagens em dissolução sem, no entanto, ignorar as frestas pelas quais o novo viceja: o corpo e os afetos em seus territórios, as circunvoluções da língua (que é também corpo que se projeta para o mundo). A voz poética anuncia essa adesão à esperança apesar das brutalidades dos regimes totalitários, das pandemias, das fissuras: “Não faço poema ruguento/ quinem xexelento (...) chucho um cadinho de vida (se tiver) no encardido desgramado”, diz em “Elegia (Novo?) Milênio”. Nessas fricções e embates da linguagem, a poética de Roger de Andrade se põe a caminho estabelecendo diálogos com o sertão de Guimarães Rosa e as veredas de pedra de Drummond, ao mesmo tempo em que se abre para outras experimentações, outras formas de habitar mundo e temporalidades."
  • Terra sob as unhas, de Júlia Elisa
    R$50.00
    [FRETE INCLUSO] Terra sob as unhas é o primeiro livro de Júlia Elisa. Nele, a autora expressa seu desejo de ter na poesia um dispositivo de criação de um idioma devido à sensação de insuficiência da linguagem. São poesias que valorizam a sutileza de um cotidiano que, ao mesmo tempo em que parece banal, é a máxima subjetivação possível para um corpo de uma mulher negra, sistematicamente inserido nos locais do servir, e comumente confundido num local da serviência. Para a escritora Conceição Evaristo, que assina o prefácio do livro, "o efeito convocador, sedutor, dos poemas de Júlia Elisa, se localiza na linguagem. Tamanha é a preocupação, o cuidado e a consciência da poeta com o material para construção de sua escrita poética. Em vários poemas, a língua, como idioma imposto, histórico da colonização, é criticada, assim como a língua, a palavra, realização humana, é reconhecida como impotente, incapaz de traduzir a vida e seus mistérios. A língua é uma demanda a instaurar demandas, pode-se ler assim o fazer poético de Júlia Elisa". Editado pela Impressões de Minas e pelo selo Ouvido Falante – responsável pela publicação de diversos poetas brasileiros oriundos da tradição da poesia falada – o livro apresenta 41 poemas divididos em três partes: "arenosa", "argilosa" e "terra preta". A classificação de acordo com os tipos de solo e terra é o eixo condutor que orientou a autora na leitura de sua escrita. Segundo Júlia Elisa, "haviam poesias que arranhavam, criavam algum atrito, então chamei elas de arenosa. No meio, sinto que há poesias argilosas, como o próprio nome diz, elas escorregam um bocado, são sinuosas, até macias, mas que podem confundir. Por último, chamei de terra preta, também conhecida como a mais orgânica. Ali, estão as poesias de tudo aquilo que há de mais vívido, fértil e, por assim dizer nesta obra, preto. Como o amor, o erótico, o desejo, a natureza e tudo mais que puder ser sentido num solo cheio de matéria orgânica, que só existe dada o caráter cíclico de tudo aquilo que é vivo e, por ser vivo, também morre, transmuta e se transforma."  
  • Princípios de cartografia, de Luis Alberto Brandão
    R$58.00
    [PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] No livro Princípios de cartografia e outros poemas, do escritor e professor da UFMG Luis Alberto Brandão, os espaços se abrem à palavra poética, que é também desenho, partitura de música e silêncio, dança de sentidos, imagem fotográfica e arquitetônica, roteiro de sensações. Composto de quarenta e nove poemas e dezenove fotografias, o livro se divide em quatro partes. A primeira, “Princípios de cartografia”, busca delimitar e ultrapassar territórios vitais. Os poemas são mapas móveis, os versos são séries que o olhar pode compor em múltiplos arranjos. Na segunda parte, “Clareiras do desejo”, os espaços do corpo, com seus ritmos e arritmias, são tocados e sonhados: nudez, memória, arrebatamento e timidez, promessas e vertigens, jeitos de querer e viver. Na terceira parte, “Brasiliana [improváveis legendas]”, fotos e poemas indagam ambivalências da cultura brasileira. Carnaval e ruína? Precariedade e alegria? Passados apagados? Qual miragem concretiza o espaço-Brasil? Na última seção, “Gostar de dizer”, o foco é o espaço da escrita. Verbal e transverbal, a grafia poética se revela um prumo inquieto, horizonte de encontros, campo de possíveis e impossíveis.
  • Feita de osso, Lizandra Magon
    R$55.00
    [FRETE INCLUSO] Composto por cinco partes - Berço, Primeiros voos, Young adults, Balzaca e Maturidade - "Feita de osso", novo livro de poemas da escritora Lizandra Magon, nos permite transitar pelo percurso de vida de uma mulher que se reinventa e renasce de si inúmeras vezes. Em "Feita de osso" , iniciamos a leitura pelas recordações da infância marcada por expectativas familiares para, em seguida, adentrarmos os primeiros voos da poeta, guiados pelos desejos inscritos no corpo. Assim seguimos por todo livro, conhecendo as outras partes desse corpo-mulher, tornando complexa, uma poesia composta de sensualidade, tesão, cura, vontades, feridas, carne e osso.
  • Plantando poesia, Derlon (org.)
    R$70.00
    [FRETE INCLUSO] Há nove anos, o artista visual Derlon dedicou sua obra a uma residência artística no sertão do Ceará, em áreas de cotonicultura na comunidade de Riacho do Meio. Em homenagem às famílias locais, Derlon pintou as paredes da região e teve essas obras transformadas em lambes e espalhadas Brasil afora. Em 2022 o artista mergulhou em uma nova residência no Sertão do Pajeú (PE) e convidou um grupo de renomados poetas do território para o nascimento do livro Plantando poesia. Sob a curadoria de Derlon, os poetas Alexandre Morais, Elenilda Amaral, Islan, Isabelly Moreira e Zé Adalberto trazem na escrita imersiva, a história de vida dos agricultores e agricultoras do sertão nordestino.
  • Abraço sua crina, de Antonia Nayane
    R$45.00
    [PRÉ-VENDA – o livro será enviado a partir de março de 2023] [FRETE INCLUSO] Antonia Nayane está sempre a cerzir – mesmo quando lhe falta a agulha, a linha, o pano. Sua poética viva e constante tece a trama do solo, da pele, do passado, do erotismo, das águas de uma Amazônia calada e intempestiva. Não será tarefa simples desvendar o que nos prepara Antonia, haja vista a posição que tomamos diante de seus escritos: abandonamos o lugar-comum reservado aos leitores românticos e nos tornamos detalhes à paisagem, pequenas substâncias às bordas do abismo, testemunhando a costura das palavras desse livro, uma a uma, como fundamentos decisivos de uma linguagem cicatriz, ponte-limite entre o rasgo e a restauração. (Texto da orelha escrito por Paloma Franca Amorim, escritora, dramaturga, professora da Escola Livre de Teatro de Santo André) Um livro fundo preserva em si o aquilo que quem o escreveu crê ser a escrita. Na reunião de poemas escritos por Antonia Nayane, adivinho três “aquilos”: os fantasmas, a poesia, o desejo. O corpo de vó, seus cheiros, texturas e sons; a palavra entortada pelo lirismo, seus labirintos, desvios e poços; o desejo febril na noite, seu latejar, derramar e eclodir organizam os poemas vibráteis em uma sequência fotográfica: são imagens calcificadas, ardendo ainda, que rasgam o olhar de escritora de Antonia. Desse olhar, nostálgico e vanguardista, erguem-se os sentidos indômitos de um livro que antes de mais nada erige um lugar: de morte, de paixão, de tempo. (Texto da orelha escrito por Felipe Cruz, professor e escritor, mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará) O prefácio de Abraço sua crina é da Roberta Tavares (quilombola, poeta, historiadora e pesquisadora das afro-amazonidades), com comentários de orelha da Paloma Franca Amorim e Felipe Cruz, preparação de originais de Pedro Bomba e revisão e projeto gráfico de Elza Silveira.  
  • A fantástica fábrica de machos
    R$55.00
    [FRETE INCLUSO] Capitão Brazil, Coronel Azeitona, Sargento Boca Rota e Tenente Garboso são alguns dos dez personagens que o artista Fernando Siqueira escreveu e ilustrou em seu mais novo livro intitulado “A fantástica fábrica de machos”.  Nas histórias que mais lembram contos de fadas às avessas, cada personagem é uma caricatura: homens atormentados por delírios heroicos e viris capazes de cometer façanhas das mais grotescas e absurdas. Os personagens de “A fantástica fábrica de machos” são homens, em sua maioria, encobertos por patentes militares, investidos pelo poder que os encoberta e revestidos de uma erótica que os aniquila. Segundo Luiz Morando, pesquisador LGBTQIA+, os personagens do livro são “movidos à ironia, humor ácido e uma refinada camada de impotência, (é assim que) esses personagens desfilam suas vulnerabilidades e fraquezas”, afirma Luiz que assina a quarta a capa do livro. O humor e a sátira – elementos marcantes da obra – estão por toda parte, desde os textos que assumem uma linguagem simples com versos rimados até as ilustrações que apresentam homens másculos em aventuras falocêntricas. Em resumo sobre o que o leitor encontrará no livro, o autor sintetiza: “são histórias infames para rir e se enfurecer e depois rir outra vez.”, afirma Fernando Siqueira.
  • A barca inacabada, de Júlia Arantes
    R$50.00
    [FRETE INCLUSO] "Como escrever o fracasso? Como não apenas falar dele, mas também colocá-lo na forma, na sintaxe, na costura do livro, na fibra do papel? Desejava escrever a ruína com letras de destroços, com verbos de escombros, com a tinta dos sargaços". Em "A barca inacabada", Júlia Arantes reúne 36 peças curtas que se alternam e se misturam com cenas breves, microensaios e esboços de parábolas para assumir uma literatura "que nunca para de acabar". Segundo Luís Alberto Brandão que assina a prefácio do livro,  "há, em 'A barca inacabada', flagrantes narrativos em que o fascínio por ações e objetos rotineiros não esconde o cansaço que produzem em quem os vivencia. Quando o tom ensaístico predomina, uma voz em princípio neutra assevera generalizações que acabam desembocando na dúvida quanto à neutralidade e à validade de regras gerais". Com ilustrações da artista Júlia Panadés, "A barca inacabada" ergue o fracasso como uma espécie de "alento, de alísio, de vento que sopra as velas das ideias, das sensações, das palavras-e-silêncios que as transportam".
  • Faca n’água [fragmentos de panela], de Laís Velloso
    R$55.00
    [FRETE INCLUSO] “Tudo começa pela abertura da boca; isso também é um corte. E uma cicatriz”. É através das relações entre o faminto, a comida e os gestos da comidaria, que a poeta, artista e pesquisadora Laís Velloso, traz em seu “Faca n’água [fragmentos de panela]” poemas que tratam sobre as quebras, a fome, as ausências, os esvaziamentos que acontecem diante do prato, da boca, do abraço.  É esse o motivo da repetição, da interrupção, do fragmento, da pergunta sobre a impermanência das relações, do alimento, do comer e do cozinhar. Composto por 24 poemas e ilustrações da artista Rachel Leão, “faca n’água” reflete sobre todo o conjunto de elementos que rodeiam a comida: o ato de comer, o ato de mastigar, o corte, a saliva, os dentes, a fome, o estômago.
  • Entre, de Olga Valeska
    R$40.00
    [FRETE INCLUSO] O que pode surgir do encontro entre a dança e a poesia? Uma possível resposta para essa pergunta está no livro “Entre”, da poeta e dançarina Olga Valeska. O título do livro é, segundo a autora, um convite à entrada e o lugar de intervalo em dois pontos. “O livro é um convite a uma entrada e ao mesmo tempo a ideia de estar entre coisas, entre experiências, principalmente, artísticas, o livro tem esse percurso de encontro entre linguagens e obras artísticas”, afirma. Os poemas presentes no livro trazem uma poesia coreografada ou nas palavras da escritora Ana Elisa Ribeiro “ ‘Entre’ não é feito apenas de linguagem e metalinguagem, vozes educadas e silêncios enganosos. Ele se compõe também dos sentidos do amor, da saudade, da ausência, de amar um arlequim e ter de se ver com isso, do tempo, de palavras em castelhano, de passos de dança, de um tango, de lágrimas em chamas”, afirma Ana Elisa que assina o prefácio do livro.
  • Urubu, de Emilia Mendes
    R$60.00
    [FRETE INCLUSO] Composta por duas partes que trazem textos poéticos e fotopoemas, o livro “Urubu” da poeta Emilia Mendes, trava uma reflexão sobre aquilo que elegemos socialmente como aceitável ou pária para alguns. A figura do urubu torna-se uma metáfora de um tempo de entendimento às avessas que temos vivenciado.
  • Algo, de Carlos Augusto Novais
    R$50.00
    [FRETE INCLUSO] Ocupando a confluência das tensões entre vanguarda artístico-poética, comunicação e participação política, o poeta Carlos Augusto Novais, apresenta em “Algo”, poemas publicados em jornais, revistas e diversas outras plataformas, enaltecendo a poesia em seus diferentes campos de experimentação.
  • Um mergulho e seu avesso, de Alberto Pucheu e Tarso de Melo
    R$40.00
    [FRETE INCLUSO] O retorno à superfície reivindica a poesia. Sem ela não se pode retornar, pois a poesia é um acesso, uma via pela qual o inefável deixa de bordejar a experiência e passa a ganhar contornos mais definidos – aqueles que o leitor colhe à beira da página como um dia cada um de nós certamente já colheu restos de conchas à beira-mar. Desse modo, a poesia, como as conchas, conhece o caminho do retorno, desde o fundo à superfície, mas em sentido inverso, pois se subir à tona e depositar-se à beira da praia transforma a concha em ruína, em túmulo para um corpo ausente, a poesia quando retorna reinveste de vida aquilo que do abismo, da profundidade, pulsava em silêncio ou quase sem ar. Alguns corpos submergem vivos, conchas. Outros retornam vivos à superfície, poema. Em seu périplo pela página em branco, cada palavra do poema, cada minúscula madrepérola de palavra, mesmo quando só aponte ruínas, rompe o inefável, o imponderável e dá ao Real o ar sem asfixia do simbólico, não cessa de dizer o que não seria dizível a não ser pelo jogo mergulho-superfície da própria poesia. Neste livro, o mergulho e seu avesso, como o chama Tarso de Melo, encenam a dupla volta em torno da vida-morte das experiências, ou do “experimentável”, e da morte-vida da palavra. O leitor é guiado, então, não para uma síntese ou explicação dos dois poemas imprescindíveis de Pucheu, lidos por Tarso, porém pelas perguntas que o primeiro faz ao par de mantras-poemas, único oxigênio possível quando a asfixia do mundo não está apenas na falta de ar imposta pela COVID-19, mas porque a asfixia como gás grisu espalha-se cruel e implacavelmente assassinando aqueles que para Achile Mbembe são corpos matáveis, não nasceram para respirar, outrossim, em luta constante, sequer têm chance ou direitos para respirar. Nessa visada, a leitura crítica que Tarso de Melo faz de “ é preciso aprender a ficar submerso” e “é preciso voltar à superfície” de Alberto Pucheu torna-se, ela mesma, um mergulho e nosso avesso – entre a esperança que vê nos poemas de Pucheu e a indignação manifestada pelo que os poemas trazem, é a nós que Tarso recolhe da beira deste país em cadafalso, quase pós-pandêmico, esgarçado em suas instituições para indicar não as conchas e talvez não as palavras, apenas aquele espaço inquietante e sem clausuras com que o exercício crítico presenteia o leitor, a leitora. Nosso avesso vai mais fundo. Alhures, entre a submersão e a subida à superfície, é a nossa fragilidade humana, nossos desvãos, nossos “em vãos” que o poeta Alberto Pucheu recolhe para convocar este grito preso, depois de tanta falta de ar que agora, convocado, subindo das vísceras para onde mergulhara abissalmente, jorrando feito vômito, liberta-se do medo. Medo? Este que perdemos, agora, aqui, quando não há mais a perder. O ensaio reencena os poemas, recifra-os e, com isso, longe do adverso, em cada verso, outros de nós, outra de mim, pelo avesso, mergulhamos e voltamos à superfície. (Texto de Diana Junkes para a orelha do livro)