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  • Caruncho, de Laura Cohen Rabelo
    R$69.00
    Caruncho toma seu nome emprestado de um inseto que come livros, madeira e alimentos. Trata-se de um romance sobre a passagem do tempo, a decadência e a deterioração das coisas e das relações. Também é um elogio à desistência e uma crítica à impossibilidade de escuta em um mundo em que as personagens são tratadas pelos seus cargos, e não pelos seus nomes. Em capítulos que se alternam em dois tempos, temos duas narrativas paralelas que, aos poucos, vão se completando e fazendo um sentido maior. Para a autora, “o romance é um quiasma, uma oposição entre dois personagens. Um maestro de sessenta e cinco anos, cujo corpo adoecido pode impedir de que ele suba ao palco novamente (coisa que ele mais deseja) e uma violoncelista de trinta e cinco, no auge de sua saúde e talento, que desiste de sua carreira e propõe fazer um último concerto”. O maestro, narrado em terceira pessoa, se desdobra em sua falta de escuta: ouve, sem compreender, que a violoncelista está realizando o que ela chama de desistência feliz. Em suas partes, a violoncelista narra acontecimentos de dez anos antes da narrativa do maestro, como questões que envolvem o social, atravessando seu próprio corpo e história, e coloca em perspectiva o elitismo do ambiente musical que habitam. Mas a fala da personagem não é apenas um testemunho de alguns dias que colocaram sua carreira em perspectiva, mas uma palavra dirigida a um terceiro personagem, um pianista.
  • O Rio dos Vestidos Amarelos, de Marcus Freitas
    R$50.00
    [PRÉ-VENDA] [FRETE INCLUSO] Em O Rio dos Vestidos Amarelos, romance de crime escrito por Marcus Freitas, nos deparamos com a história do protagonista Romero Puntel. Depois de ter abandonado a carreira de delegado de polícia, e de ter enfrentado uma crise pessoal por esse motivo, Puntel volta à ativa como investigador particular, motivado pelo assassinato em série de jovens mulheres na cidade de Belo Horizonte, cujo único dado em comum e aparente é estarem todas elas, no momento da morte, usando vestidos amarelos. A paisagem integra a trama, em especial a destruição e a cobertura “sanitária” das águas que cruzam a cidade, rios que se tornaram canais de esgoto e cujas imagens assombram o investigador e a própria narrativa. Da mesma forma, elementos da cultura pop dos anos 60 (músicas, filmes, HQs) entram na história a partir das memórias de Puntel. Um legista sórdido, uma banqueteira e professora de culinária, um velho investigador cheio de ditados, um punk admirador de Frank Sinatra, um assassino serial apelidado pela imprensa de Homem-Aranha são algumas das personagens que cruzam as reviravoltas de Romero Puntel entre ruas antigas e riachos cobertos, cinemas abandonados e casas funerárias, velhas galerias e botequins imemoriais, clipes no computador e fotos de autópsia, cachoeiras de esgoto e cantoras de blues, lixo nas calçadas e entulho na internet. O livro é editado pela Impressões de Minas Editora e traz a já conhecida marca do apurado projeto gráfico de Elza Silveira e do rigoroso controle de produção de sabor artesanal de Wallison Gontijo. Esse romance, ao mesmo tempo um thriller e uma contundente meditação sobre o Brasil de hoje, vem reafirmar o lugar de Marcus Freitas entre os escritores contemporâneos, além de, como já é marca do autor, tornar a cidade de Belo Horizonte, seus bairros e locais, palco para uma instigante investigação.
  • Notícias da contenda, de Adilson Luiz Quevedo
    R$40.00
    [FRETE INCLUSO]

    Em Notícias da contenda, Adilson aprimora sua linguagem, indo além: parte de uma espécie de distopia pretérita, enquadrada na década de 1980, em plena Guerra Fria. Abolindo o passado e reinventando a história, subverte a disputa de poder de influência política, econômica, militar e ideológica entre os dois blocos, em uma disputa lúdica e amistosa, como ele escreve logo na primeira página. No lugar de ogivas nucleares, seu arsenal são os livros das principais bibliotecas do mundo. A “corrida armamentista” entre os países adversários é travada pela mensuração do conteúdo dos acervos e dos alvos onde são lançados, na distinção de uma supremacia canônica literária universal. Nada mais oportuno em dias sombrios como os atuais. O conhecimento ao invés do obscurantismo, a civilidade ao invés da barbárie. Patrimônios culturais inteiros antes restritos às prateleiras das bibliotecas, agora acanhoados nas ruas e praças, ao bel-prazer de quem se interessar resgatá-los. Entremeado a isto, nos capítulos pares, desenrola-se relato epistolar, psicológico, memorialístico, roteirístico e investigativo; afinal, independentemente da abrangência dos conflitos, a vida segue desenfreadamente o seu curso. (Texto de Luiz Guilherme Romancini)

  • Ainda, de Laura Cohen Rabelo
    R$36.00
    [FRETE INCLUSO] Empreender uma busca em que esteja em causa o próprio ato de buscar: o termo latino queste, mencionado a certa altura de Ainda, segundo romance de Laura Cohen Rabelo, pode produzir importantes iluminações sobre o que a autora parece estabelecer como seu projeto de escrita.­